Natural de Juazeiro, Luiz Galvão (87), foi internado no dia 16 de setembro, na Santa Casa da Misericórdia, em São Paulo. Em seguida, foi internado no Instituto do Coração, onde fez a passagem na noite de ontem, sábado, 22/12, por complicações cardíacas.
Letrista dos Novos Baianos, Galvão foi também poeta e romancista. Ele escreveu a maioria das canções gravadas pelo grupo, e musicadas por Moraes Moreira. Entre suas composições estão “Acabou Chorare”, “Preta Pretinha” e “Mistério do Planeta”.
Dentre as tantas homenagens que o mestre vem recebendo de ontem para hoje, uma especial do amigo Caetano Veloso, postada nas redes sociais do artista:
“Galvão criou e liderou o grupo Novos Baianos, acontecimento que se coloca entre os que mudaram o rumo da história do Brasil. Sendo de Juazeiro, atraiu João Gilberto para a casa coletiva em que viviam os membros do grupo. E isso definiu o caminho rico que se pode resumir no álbum Acabou Chorare mas que se desdobrou em muito mais. Vamos sentir saudade dele – e também celebrar a peculiaridade de sua pessoa. Tenho a honra de ter sido parceiro dele em ao menos uma canção sobre O Farol da
Barra. Num barzinho do Campo Grande a dupla era Moraes e Galvão. Depois se
multiplicaram em Baby e Pepeu e Dadi e tantos mais. Os dois já se foram, mas seu legado mantém o país capaz de muito mais do que parece.”
Nossos sentimentos aos familiares e amigos do mestre, que fez história e jamais será esquecido devido à sua genialidade e grandiosidade da sua obra. Luiz Galvão deixa a esposa Janete Galvão e os filhos Lahiri Galvão(poeta como o pai), Kashi Galvão (músico) e Cecel Galvão. Foram eles que se uniram, convocaram os amigos e lutaram com todas as forças pela cura do poeta.