A onda cor-de-rosa dominou o mundo ao longo do mês de julho, na medida em que as expectativas para a chegada do “filme do ano” só aumentavam. Só quem vive numa caverna não notou o hype e a incessante busca do público feminino (e até masculino) por ao menos um novo item rosa no guarda-roupa para usar neste grande evento esperado por tantos. Não é à toa que “Barbie”, protagonizado por Margot Robbie e Ryan Gosling, fez história tornando-se o filme com maior bilheteria dirigido por uma mulher. O longa de Greta Gerwig superou o recorde anterior que pertencia à diretora de Mulher-Maravilha (2017), Patty Jenkins.

Atingindo o marco de maior estreia de 2023, a empresa Warner Bros. estima que US$ 155 milhões (aproximadamente R$ 740 milhões) foram arrecadados nos Estados Unidos e Canadá no fim de semana de lançamento. Atualmente, as projeções indicam que o filme deve ultrapassar muito em breve $1 bilhão de dólares na bilheteria global.

Já no Brasil, o sucesso não foi diferente. Em apenas dois fins de semana em cartaz, a produção já arrecadou R$ 160 milhões, tornando-se a maior bilheteria de todos os tempos da Warner Bros. em território brasileiro. “Barbie” ultrapassou “Coringa” (R$ 156 milhões), o antigo detentor da coroa pela Warner, além de alcançar a 8ª maior bilheteria do país, se contar os lançamentos de todos os estúdios.

Em meio a esse grande sucesso mundial, o Catado de Cultura separou 5 curiosidades sobre o filme da Barbie que talvez você ainda não saiba!

1- Referência ao filme “2001: Uma Odisseia no Espaço”

A primeira cena do filme da Barbie traz uma grande referência à cena inicial do clássico do diretor Stanley Kubrick, “2001: Uma Odisseia no Espaço”. A ideia da diretora Greta Gerwig foi reproduzida com excelência e muito elogiada pela crítica. A equipe de produção construiu o set com as medidas do set do Kubrick e, com os quadros que Kubrick fotografou, conseguiram imitar o máximo possível e com o mesmo nível de qualidade técnica.

Comparação cena inicial “Barbie” X “2001: Uma Odisseia no Espaço”

 

2- A dubladora brasileira foi a mesma das clássicas animações

Ativando a nostalgia de quem assistia aos filmes da Barbie nos anos 2000, a dubladora oficial da boneca em português, Flávia Saddy, foi a responsável por dar voz à personagem interpretada por Margot Robbie no longa de 2023. A escolha da dubladora trouxe um apelo emocional aos fãs, pois ela participou das primeiras animações da Barbie nas telinhas brasileiras. Muitos com certeza reconheceram a voz de cara, ativando lembranças de filmes como “Barbie: Lago dos Cisnes”, “Barbie em A Princesa e a Plebeia”, “Barbie como Rapunzel”, “Barbie em a Princesa da Ilha”, entre outros.

Flávia Saddy, dubladora brasileira da Barbie — Foto: Reprodução/ Instagram

 

3- O mundo ficou sem tinta rosa por causa do filme da Barbie?!

Em entrevista, a diretora Greta Gerwig revelou que o processo de montagem dos cenários do longa gerou uma escassez mundial temporária de uma tonalidade específica de rosa fluorescente (Red 5780), da marca Rosco, devido à grande quantidade de tinta que a equipe precisou utilizar. Sarah Greenwood, designer de produção do filme, contou que eles precisavam de tanta tinta desse tom que tiveram que usar todo o estoque da marca Rosco.

Visual da Barbielândia — Foto: Reprodução/Warner Bros.Pictures

 

4- Como no tempo dos incas, astecas e maias: nada de computação gráfica no cenário

A diretora Greta Gerwig queria literalmente reproduzir a Casa da Barbie em tamanho real, com o cenário totalmente tátil e pintado a mão (com toda aquela tinta rosa mencionada no item anterior). A Barbielândia inteira foi construída nos estúdios da Warner Bros., em Los Angeles, sem qualquer uso de computação gráfica. A icônica cena do pé da boneca também foi filmada sem cgi, a pode do pé perfeitamente arqueado foi feita pela própria Margot Robbie.

Foto: Reprodução/Warner Bros.Pictures

 

5- Barbie não é um filme para crianças

Por mais que a Barbie seja um brinquedo voltado especialmente para crianças, o filme de Greta Gerwig não tem esse público como principal alvo. O enredo do longa explora um conteúdo muito mais complexo do que simplesmente trazer a boneca para o mundo real, tendo a classificação indicativa para a faixa etária acima de 12 anos. A produção apresenta uma abordagem mais adulta, distanciando-se das animações da boneca. Na trama, diversos assuntos são explorados de forma leve e cômica, como padrões de beleza, machismo, patriarcado e os papéis de gênero na sociedade. Crianças podem curtir o filme como um todo, mas dificilmente entenderão a real mensagem que a história quer passar.

 

Linha de brinquedos colecionáveis da Mattel, inspirados no filme Barbie (2023)