Romance relata saga de batalhão de soldados negros e mestiços na Guerra do Paraguai

A história dos Zuavos Baianos, batalhão de soldados negros e mestiços que lutou na Guerra do Paraguai, é tema do novo livro do jornalista e escritor Jolivaldo Freitas. A obra será lançada no dia 24 de agosto, a partir das 17h30, na sede da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), localizada no edifício Ranulfo Oliveira, na Praça da Sé, em Salvador.

O evento ocorre dentro do calendário de comemoração dos 93 anos de fundação da ABI. Intitulado “A Peleja dos Zuavos Baianos contra Dom Pedro, os Gaúchos e o Satanás”, o romance se divide entre a realidade histórica e a fantasia.

O termo “zuavo” deriva das unidades de infantaria ligeira do exército francês, caracterizadas pelo uso de uniformes exóticos e coloridos, inspirados nas vestimentas dos soldados norte da África e do Oriente Médio. O grupo participou de batalhas importantes, como a Batalha de Tuiuti, e tiveram um papel significativo no conflito.

No caso dos Zuavos Baianos, eles adotaram esse nome em referência aos zuavos franceses, mas adaptaram seus uniformes ao contexto e clima do Brasil. O batalhão se formou com negros livres e escravos.

Segundo Jolivaldo Freitas, a participação dos Zuavos Baianos e de outros negros na Guerra do Paraguai é frequentemente negligenciada ou esquecida na história oficial do Brasil. O livro foi editado pela Fundação Pedro Calmon dentro da programação dos 188 anos da Revolta dos Malês e dos 200 anos da Independência da Bahia.