Conhecer para falar… bem ou mal.

Salvador é uma cidade muito singular no que diz respeito ao seu cenário gastronômico. Com  isso, não quero dizer que temos a melhor ou pior gastronomia, quero apenas pinçar nossa cidade para podermos analisarmos algumas coisas curiosas.

Salvador tem um movimento de bares e restaurantes que estão em locais pouco visitados pela classe média consumidora e possuem comidas e bebidas originais. Como podemos citar o Jô da Bahia, no bairro de São Caetano, Boca de Galinha, no subúrbio ferroviário, o Ajeum da Diáspora, no bairro do Tororó. Esses locais têm como característica o sabor, originalidade da comida e o serviço simples e simpático. Eles também ainda não enlouqueceram com relação aos valores cobrados.

Ajeum da Diáspora ocorre todo domingo mo Tororó | Foto: Divulgação

Ajeum da Diáspora ocorre todo domingo no Tororó | Foto: Divulgação

Tirando os três citados e outros que provavelmente o leitor conhece, a cidade está repleta de “grifes” da mesmice. Churrascarias que vendem tudo e um pouco de carne assada, casas de caranguejo que arrojo nas produções, um serviço de mercenários, que atendem mal, que aparenta ter uma condição humilde e exageram na informalidade beirando a falta de educação. Temos as sociedades de pequenos grupos de empresários que, por gostarem de comer, abrem restaurante, movimentando o mercado, e em pouco tempo fecham o “brinquedo” e, ainda, há um mar de amadores que insistem em abrir negócios sem nenhum respaldo ou conhecimento.

Poxa que papo pessimista e chato! Mas existe gente que faz o que ama e ama o que faz… Nesses, você de cara confia no serviço, sabe que come os melhores produtos porque o dono vai pessoalmente comprar e escolher, sente a confiança no serviço porque a equipe tem um líder presente e isso faz toda diferença. Precisamos frequentar mais esses locais e divulgá-los, o esmero pelo que se faz transborda pelos pratos e copos.

Já com os estabelecimentos que tratam o cliente como mais um, não respeita o seu bom gosto e bom senso, precisamos ter a atitude de excluí-los das nossas listas de visitas e indicações. Não devemos aceitar o boteco da moda, que engessa o serviço, que vende gato por lebre…

Antes um restaurante simples e verdadeiramente bem cuidado, acolhedor e aconchegante!

Fica a dica.

Um abraço!