Nesta segunda-feira (29) se comemora o Dia Internacional da Dança, arte fundamental como demonstração da cultura de um povo. Muitas vezes é possível identificar um país ou região através da dança local, como ocorre com o tango argentino e o nosso tradicional samba, por exemplo.
Mônica Rocha, professora de dança com mais de 40 anos de experiência e Diretora da Unidade Ondina da Ebateca, destaca a capacidade da dança de promover o desenvolvimento social: “A disciplina é desenvolvida, a sociabilidade é muito forte, principalmente quando você dança em grupo, por conta dos muitos ensaios para alcançar aquele momento de apresentar aquilo que você levou tanto tempo construindo, buscando aquela harmonia onde todos fazem juntos o mesmo movimento”.
As Gincanas promovidas pela Gang aproveitam essa capacidade de sociabilidade da dança para desenvolver a amizade e parceria entre os gincanistas. Além disso, é uma possibilidade dos participantes descobrirem um talento que podem transportar até mesmo para a vida profissional.
Romero Ribeiro, líder da Gang, fala sobre a importância da dança nas gincanas: “É sempre uma das tarefas de maior destaque. Os gincanistas se entregam, são semanas de ensaio para buscar o melhor resultado. Naturalmente nesse período muitas amizades surgem, algo que talvez não acontecesse sem a gincana. O envolvimento é tão grande que é comum ver muitos gincanistas emocionados ao final da tarefa”.
Fernanda Oliveira, 30 anos, é um exemplo de gincanista que desenvolveu um talento para a dança e para a liderança por meio da gincana. Atualmente sócia da Dia D Coreografias e professora na Companhia de Jazz Viviane Lopes, Fernanda começou a participar de gincanas na 5ª série do ensino fundamental, tendo sido destaque já em sua primeira gincana. Desde então, ela tomou tanto gosto pela coisa que chegou a ser líder cinco vezes!
Fernanda conta como a gincana foi importante no desenvolvimento de sua capacidade de liderança: “Eu acho que isso é uma das minhas maiores habilidades hoje em dia, como eu sei lidarar, como eu sei gerir tarefas, trabalhar em equipe, lidar com o outro. Eu tenho certeza que todos esses atributos eu adquiri com a Gincana, e me fortaleceram, me fizeram o que eu sou hoje”, afirma.
Sendo professora de dança desde os 18 anos, Fernanda começou a coreografar para sua equipe nas tarefas de gincana. O que teve início como parte do lazer, virou empreendedorismo na Dia D, onde em conjunto com sua sócia, Beatriz Cumming, Fernanda começou uma empresa de coreografias, muitas vezes trabalhando para equipes de gincana.
“E aí, a minha história de dança e gincana acabaram se entrelaçando já que na gincana a gente tem a tarefa da dança, que é uma tarefa que envolve, durante três semanas, você ensaiar um tema disposto pela Gang. E geralmente são muitas pessoas, cerca de cem pessoas dançando. É um desafio pra mim enquanto professora, enquanto coreógrafa, pois a gente pega diversos níveis. Tem gente que nunca dançou na vida, tem gente que faz aula de dança, então tem gente que não tem coordenação motora, que não tem ritmo. Tem outras pessoas que têm mais facilidades e você precisa unir todas elas em um único passo, em uma única dança, que todas dancem ali em sintonia, em sincronia. Então é de fato um grande desafio ali”, afirma Fernanda.
Ela finaliza destacando a importância dessa experiência na sua vida profissional: “A Gincana me proporcionou muitas coisas. Com certeza me deu o norte de como ser uma líder melhor, de como ser uma pessoa melhor, de ter diferenciais importantíssimos de competição mesmo, de mercado, de diferenciação como profissional. E ao lado disso, me ajudou a empreender também, me ajudou a tirar uma grana em cima disso, de tornar isso um trabalho e unir ali a paixão e a responsabilidade e o lado profissional, tudo junto”, conclui.