Após cerca de quatro anos de processo, desde a denúncia feita pelo Ministério Público, os integrantes da banda de pagode New Hit foram condenados a 11 anos e 8 meses de prisão pelo estupro contra duas adolescentes, no município de Ruy Barbosa. A sentença foi publicada pela juíza Márcia Simões Costa, da Vara Crime daquele município, na quarta-feira, 06 de abril. A magistrada, contudo, concedeu-lhes “a benesse de aguardarem em liberdade o trânsito em julgado da sentença”. Como podem recorrer, aguardarão toda a finalização do processo para então cumprir a condenação.
Os músicos condenados são Alan Aragão Trigueiros, Carlos Frederico Santos de Aragão, Edson Bomfim Berhends Santos, Eduardo Martins Daltro de Castro Sobrinho, Guilherme Augusto Campos Silva, Jefferson Pinto dos Santos, Jhon Ghendow de Souza Silva, Michel Melo de Almeida, Wenslen Danilo Borges Lopes e Willian Ricardo de Farias.
No dia 26 de agosto de 2012, durante micareta em Ruy Barbosa, os músicos foram presos em flagrante após denúncia de duas adolescentes, ambas com 16 anos, que os acusaram de estupro. À época, o Ministério Público apresentou denúncia na qual reportavam que o abuso ocorreu dentro do ônibus da banda, após o show.
No documento, o MP contou que as jovens foram “abusadas sexualmente” pelos músicos que, “com elas praticando, mediante extrema violência, por repetidas vezes e em alternância, conjunção carnal e atos libidinosos diversos, em razão do que foram presos em flagrante”.
Além das duas vítimas, foram ouvidos 10 acusados. Doze testemunhas de acusação e 53 testemunhas de defesa também foram arroladas no processo.
A líder da Bancada Feminina do legislativo estadual, deputada Luiza Maia (PT), que comandou campanha pela condenação dos acusados, comemorou a sentença: “É uma grande vitória de nós mulheres. Vale a pena lutar! Esse crime hediondo não poderia ficar impune”.
“Os movimentos de mulheres estão contentes, pois foi feito justiça. Essa condenação vai servir para inibir esse tipo de crime, porque a demora na conclusão do processo fortalecia essa prática criminosa”, disse a parlamentar.