O termo autocura não deve ser confundido com automedicação, cura alternativa ou similar, mas ao esforço de cada pessoa pela busca incessante em se manter saudável do ponto de vista físico, energético, psíquico, emocional e mental.
A autocura é o ato ou efeito da pessoa de curar a si mesma, corrigindo seus próprios distúrbios e patologias em geral, e em decorrência, o restabelecimento da saúde integral.
A influência dos sentimentos sobre a saúde física nunca foi tão pesquisada e o controle das perturbações psíquicas entrou para os receituários clínicos constituindo a Medicina Psicossomática cada vez mais requisitada, em vista dos inúmeros processos de somatização de doenças sem aparente causa orgânica.
Para entender o processo das enfermidades geradas pela própria pessoa sobre si mesma é fundamental o entendimento do conceito proposto pela ciência Conscienciologia do PENSENE, que é uma palavra nova, ou neologismo e que refere à manifestação básica de todos nós, ou consciências. O pensene é a associação do pensamento (idéia) com o sentimento ou emoção e a energia correspondente, sendo estas variáveis indissociáveis. Logo, quando emitimos uma idéia juntamente com ela associa-se um sentimento ou emoção e a nossa bioenergia.
Através da pesquisa de nós mesmos ou autopesquisa podemos identificar nosso conjunto de pensenes no dia a dia. Esse conjunto de pensenes, chamado de holopensene, constitui nossa realidade consciencial. Podemos resumir afirmando que somos aquilo que pensenizamos.
Instala-se uma enfermidade no corpo biológico quando manifestamos pensenes negativos associados aos processos de raiva, ciúmes, mágoas, invejas, desejos de vingança, vitimização ou outros quaisquer em desarmonia que intoxicam a nossa bioenergia por estar vinculados a estas emoções.
A projeção da consciência ou a experiência fora do corpo com relativo nível de lucidez permite que a pessoa aprofunde no seu autoconhecimento, porque fora do corpo somos mais verdadeiros e autênticos, refletindo melhor nossos sentimentos e emoções.
Segundo a consciencióloga professora Marina Tomaz a “autocura pressupõe um mergulho na intraconsciencialidade através da travessia de um portal dos mais difíceis de serem tratados: a convivência lúcida e sadia consigo mesmo.”(BALONA, 2004).
Entretanto qualquer pessoa pode realizar sua autocura através de técnicas, iniciando pela busca de um autoconhecimento mais profundo, procurando entender as pessoas com as quais tem dificuldades no relacionamento, reconhecendo os traços positivos dessa pessoa e reconciliando-se autenticamente, renovando aspectos de sua vida promovedores das crises existenciais e, sobretudo compreender que através dos seus pensenes pode estar prejudicando a si próprio.
Os conflitos observados em todos os tipos de relacionamentos sejam no ambiente familiar, no trabalho ou no dia a dia na sociedade, são muitas vezes reflexos de questões mal resolvidas nesta ou em outras vidas. Admitir que já tivemos diversas vidas, que somos consciências multiexistenciais ajuda no entendimento das relações conflituosas do cotidiano.
A técnica da Consciencioterapia proposta pela Conscienciologia destaca que a pessoa é o agente da sua própria evolução, ou seja, terapeuta de si mesmo na promoção da saúde integral, podendo deixar de manifestar uma postura passiva de paciente e assumir a condição de evoluciente, ou seja, paciente da evolução. Nesta abordagem é imprescindível o conhecimento e a aplicação das técnicas de movimentação básica das energias, de aprendizagem e execução prática e que promovem a desintoxicação energética quando associada a uma reciclagem pensênica, ou seja, melhoria na qualidade de suas idéias, sentimentos ou emoções.
*Por Carlos José de Oliveira – Médico Veterinário é professor do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC), instituição de educação e pesquisa, sem fins de lucro, independente, pacifista, laica, não doutrinária, pioneira nas pesquisas sobre as habilidades parapsíquicas da consciência humana.
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