A festa é uma homenagem a São João Batista, primo de Jesus Cristo, nascido a 24 de junho. Ele era considerado um santo duro, inflexível, reservado e, às vezes, muito severo. Seu nascimento coincide com o solstício de verão (inverno na América do Sul) quando as populações do campo festejavam a proximidade das colheitas e, para afastar os demônios da esterilidade, pestes dos cereais e estiagens, faziam sacrifícios acendendo fogueiras.

Foto: Paulo Marcos

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Toda Europa conheceu esta tradição que, segundo a crença popular, deve-se a um pacto entre Nossa Senhora e Santa Isabel, mãe de João Batista. Delas, quem tivesse o primeiro filho acenderia uma fogueira à porta. Fazem parte, ainda, desta tradição as danças ao redor do fogo e os saltos sobre as chamas, todas as alegrias do convívio e de prenúncios de meses abundantes.

Ao contrário de outras festas religiosas como o Natal, por exemplo, onde as comidas típicas são quase todas importadas de países europeus (nozes, frutas cítricas etc.), a culinária de São João é essencialmente brasileira.

Hoje em dia, nas cidades que comemoram o São João, ainda mantém-se a tradição das quadrilhas (influência portuguesa dos corridinhos, uma dança típica cujos passos se assemelham à quadrilha), dos fogos (que não são só privilégio junino e sim de toda e qualquer manifestação de alegria dos povo) e das roupas juninas. Além disso, preservam, ainda, as brincadeiras como a cabra-cega, o quebra-pote e o pau-de-sebo, todos eles com grande participação da garotada.