Estima-se que a população mundial alcançará 8,5 bilhões em 2030, 9,7 bilhões em 2050 e passará os 11 bilhões em 2100. Segundo as novas projeções, a Índia ultrapassará a China como ao país mais populoso do mundo em apenas sete anos e a Nigéria tomará o lugar dos Estados Unidos como o terceiro maior país do mundo em 35 anos, revelou o relatório da ONU divulgado na quarta-feira, 29 de julho.
Avenida 25 de março, centro comercial de São Paulo/Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas
Atualmente listado como quinto país mais populoso do mundo, as projeções para o Brasil são de crescimento populacional cada vez menor como consequência da baixa taxa de fecundidade do país, uma das menores, junto à China, Estados Unidos, Rússia, Japão e Vietnã.
O Brasil contabiliza hoje 207.848 habitantes e estima-se que alcançará 228.663 habitantes em 2030, 238.270 em 2050, mas reduzirá para 200.305 em 2100. Essa queda em nascimentos levará o país a ocupar a sétima posição em 2050 e a 13° em 2100.
O documento Revisão da Projeção Mundial 2015, produzido pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, indica que no período entre 2015 e 2050, metade do crescimento da população mundial deve concentrar-se em nove países: Índia, Nigéria, Paquistão, República Democrática do Congo, Etiópia, Tanzânia, Estados Unidos, Indonésia e Uganda.
Mais da metade do crescimento populacional nos próximos 35 anos deve ocorrer na África, com a projeção de que a população de 28 países dobre e, que até 2100, 10 nações africanas – Angola, Burundi, República Democrática do Congo, Malauí, Mali, Níger, Somália, Uganda, Tanzânia e Zâmbia – multipliquem cinco vezes o seu número de habitantes.
“A concentração do crescimento da população nos países mais pobres apresenta um conjunto de desafios, deixando ainda mais difícil erradicar a pobreza e a desigualdade, combater a fome e a desnutrição e expandir a matrícula nas escolas e sistemas de saúde, tudo isso crucial para o sucesso da nova agenda de desenvolvimento sustentável”, disse o diretor da Divisão de População da ONU, John Wilmoth.