”Se você odiar esta história, desculpe, ela não foi escrita para você”…
Esta é uma das frases que compõe o fim do prefácio de ”A Cabana”, sucesso literário – e polêmico! – de William P. Young. A frase supracitada é também a que pode ser usada para definir o livro, uma vez que A Cabana lida com uma questão bastante pessoal: A crença em Deus; Então se você é um cético, essa história não foi escrita para você, porém, se você tem fé, vá em frente e tenha uma experiência interessante, muito embora interessante não queira dizer agradável.
O livro traz a história de Mackenzie Allen Philip, um homem religioso cuja filha é raptada durante um acampamento em família. Quando o vestido rasgado e ensanguentado da garota é encontrado em uma cabana nas proximidades do acampamento, as autoridades chegam à conclusão de que ela fora vítima de um Serial Killer procurado, porém jamais encontrado. Vivendo em uma tristeza indescritível, Mack recebe um bilhete suspeito alguns anos mais tarde, onde o remetente convida-lhe para retornar à cabana. Intrigado com a possibilidade de Deus ter lhe mandado aquele bilhete, Mack resolve aceitar o convite e vai de encontro ao lugar onde seus pesadelos começaram.
“A cabana” invoca a conhecida questão: ‘’ Se Deus é bom, porque ele permite o mal e o sofrimento?’’ e o leitor consegue a suposta resposta através das descobertas de Mack, que encontra em sua cabana de pesadelos não apenas Deus, mas toda a santíssima trindade. Como fora dito posteriormente, se você é um cético, não continue a leitura, pois durante o período em que o personagem principal está na cabana com Deus, Jesus e o Espirito Santo, há uma infinidade de diálogos que tentam explicar os mistérios sobre a divindade que nos criou.
Há momentos realmente belos no livro, com trechos e frases de efeito que faz o leitor abandonar por um momento a leitura e refletir, entretanto, são essas mesmas frases de efeito que tornam o livro algo pretensioso demais.
Pessoalmente, possuo uma relação de amor e ódio com este livro, pois apesar de acreditar em Deus acima de todas as coisas, não concordo plenamente no conceito de Deus que William P. Young apresenta no livro, o que não faz com que o livro deixe de ser lindo, dependendo do ponto de vista (extremamente pessoal).
Vale a experiência, vale para refletir em muitas questões complicadas da fé e da crença.
E de fato nem sei se a história foi feita, então, para mim.