O agricultor brasileiro tem muito a comemorar no Dia Nacional da Agricultura, neste sábado, 17 de outubro, de acordo com o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, João Martins. Afinal de contas, a agropecuária tem sido a sustentação da economia nacional, evitando que, em momentos de crise, o país entre em depressão, segundo ele.

colheitadeira_bnlPara o assistente do representante da FAO no Brasil,  mesmo com a crise econômica, a agricultura pode ajudar o Brasil a cumprir a meta/Foto: Agência Brasil/arquivo

Bom exemplo da importância estratégica do setor no desenvolvimento do país, acrescenta Martins à Agência Brasil, está no fato de a agropecuária responder por sete dos dez produtos mais exportados pelo Brasil. No mês passado, os cinco principais produtos que o país vendeu ao exterior foram do segmento agropecuário: soja, carnes, complexo sucroalcooleiro, produtos florestais e café.

A confederação diz que, mesmo enfrentando dificuldades para obter crédito e financiamento adequado para o plantio, o produtor rural tem sido competitivo, moderno e um dos principais responsáveis pelo Brasil estar entre os maiores fornecedores mundiais de alimentos.

De acordo com informe divulgado hoje, a confederação enfatiza “respeitosa homenagem” ao agricultor, que deu à atividade relevância no mercado internacional, exportando o equivalente a US$ 66,9 bilhões nos primeiros oito meses de 2015, com destaque para o  chamado complexo soja, que gerou US$ 29,24 bilhões.

O documento destaca os recordes de produção rural, ano a ano, e registra que o agricultor brasileiro incorporou métodos modernos de plantio, com preservação do meio ambiente, e elevado índice de produtividade.

Segundo a entidade, na década de 1960 o Brasil engatinhava na produção de alimentos, e há 30 anos o país importava alimentos. A partir da criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em 1973, a produção agrícola passou por verdadeira revolução e colocou o Brasil entre os principais produtores de alimentos do mundo.

Assim é que o país produz hoje o equivalente a 8% do milho mundial, 7,5% do algodão, 30% da soja, 16% da carne bovina e outros 16% da carne de frango. Produz, ainda, 5,8% do leite e 3,2% da carne suína.