Quando o relacionamento chega ao fim é sempre uma merda. Uma sensação de vazio, desprezo, raiva e alívio. Tudo ao mesmo tempo. Quando se toma a iniciativa do ponto final, seja ele ou ela, mesmo por deixar de amar, mesmo assim, a dor é inevitável.
Não sei qual é o pior: se é levar um pé na bunda ou deixar de amar. O amor pode morrer, e mesmo que a gente não queira, devemos ir embora. Como é difícil, doloroso e destruidor. Todos os planos e sonhos não se realizarão, momentos de pura felicidade; o parceiro de costume de tanto tempo, hoje é um forasteiro. Eu nunca me acostumei com isso, acho tão injusto um casal se tornar pessoas completamente estranhas e avessas uma da outra. Horrível isso! Mas é aquela coisa: tem gente que chega e deixa rastros, bons ou ruins, e tem aquele que vem e vai embora e você nem percebe. Não acrescentou em absolutamente anything.
Se a separação vem de um fato isolado considerado de nível grave que o outro praticou, a raiva toma conta numa proporção tamanha que a cegueira nos impede de usar a razão, resultado: tiramos conclusões do fato isoladamente e tomamos aquilo como verdade única e absoluta, e é claro que a ideia é sempre negativa. Que outro sacaneou porque é escroto mesmo, filho da puta e por aí escada abaixo.
Muitas vezes, (não é sempre, enfatizo) o motivo aparente não é de fato o “ X” da questão! Existe uma amplitude por trás de tais atitudes, caminhos que levaram o indivíduo a escolher ações que não condizem com a sua personalidade, com ele, mas sim, pela intempestiva emoção. Acabamos por julgar, muitas vezes, injustamente. Nessas horas o contar até mil faz um efeito danado. Em alguns episódios o camarada é um “vagabundo, mequetrefe” e agiu por cafajestagem mesmo.
Digo isso pois já vivi a experiência da “escrota”! De certo não agi por escrotidão e fui “julgada” como tal. Então, o conselho que eu te dou é o seguinte: por mais ‘negra’ que seja a situação, pare e reflita. OUÇA o outro! Amplifique todo o cenário! Pense, pense! Depois disso você pode agir.