Não é por acaso que você é de março, meu bem. Há uma arguição plausível para essa escolha de Deus. Observe o velho mar, o nosso oceano. Mês das grandes marés, altas ondas… Experimente quão dolorosa pode ser a experiência de pausar na frente e observar a sua fúria. O mar revolto, precipitado e feroz. Não lhe lembra algo? Não lhe toca? Observe o que ele faz em março…
Ele avança! Pra frente, pra frente sempre crescente. Você se sente fraco o ano todo e chega março para te lembrar de quem você verdadeiramente é. É tão incrível observar essa força nos tocar de forma tão delicada. Tão delicadamente quanto um soco na cara. A subida da maré é clara: você não é fraco, você é feroz. Lute contra a vida, ganhe dela, celebre, beije-a na boca, desarme-a, refaça-a ao seu gosto. A revoada dos pássaros em março é clara, você pode voar para onde quiser desde que não esteja fugindo de algo ou de alguém.
Março é vida e vai além dela. Você deve avançar como o mar avança, crescer como o mar cresce, mudar como o mar muda, seguir como a vida tem pedido. Você, filho de março, é som e fúria. Deus está forjando o seu caráter e te moldando em meio a agitação. Antes de você quebrar nas pedras vai dar tudo certo. Controle a fúria, contorne as pedras e espere a paz que virá.