Sete toneladas de pescado são vendidas com preços abaixo do mercado formal até o meio-dia desta quarta-feira, 23 de março, no Terminal Pesqueiro da Ribeira, em Salvador. A compra dos alimentos no local pode proporcionar uma economia de até 60% quando comparada às ofertas de supermercados convencionais da capital baiana. A expectativa é que mais de três mil pessoas adquiram a mercadoria de cooperativas de pescadores espalhadas pelo território baiano. A ação, denominada de Santo Pescado, é uma parceria do Ministério da Pesca e Aquicultura com a Bahia Pesca, empresa vinculada à Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia (Seagri).
“Com o Santo Pescado, é possível potencializar a cadeia produtiva do pescado aqui no estado. A ação garante que os pescadores vendam tudo o que produzem por um preço acessível às pessoas. Os dois lados saem ganhando com isso: quem compra barato e quem vende mais”, explica o presidente da Bahia Pesca, Dernival Oliveira Júnior.
A iniciativa é realizada nos dias que antecedem o almoço em família da Semana Santa, ocasião que impulsiona o comércio de peixes e mariscos no estado. Os consumidores que passam pelo local escolhem o alimento minuciosamente, levando em conta o preço, e, é claro, a qualidade. Mais de quinze espécies de pescado são vendidas no terminal. Com os maiores descontos estão as opções mais consumidas, como os peixes vermelho, dourado e pescada amarela. O robalo é outra espécie bastante procurada. Na comparação, o preço dele sai de R$ 60 para R$ 25.
“Cheguei cedo para aproveitar essa oportunidade. Pelo histórico dos outros anos, as pessoas sabem que no terminal é vendido peixe barato e de boa qualidade. Economizar um pouco no pescado faz com que sobre mais dinheiro para o vinho”, brinca o publicitário José Ramos Filho.
Para esta edição do Santo Pescado, a novidade fica por conta dos frutos do mar, que passaram a ser comercializados no local esse ano. O quilo do camarão, vendido nos supermercados por cerca de R$ 40, é comercializado no terminal por apenas R$ 24. Abundante nas águas baianas, o peixe tem sido negociado diretamente entre pescador e consumidor final, o que tem proporcionado um benefício coletivo.
“O preço direto na fonte está deixando a mercadoria mais barata. Além disso, para nós, pescadores, concentrar o nosso pescado em um só lugar, sem ter que transportar os alimentos, nos deixa economizar. Esta forma de venda nos deixa com 50% de ganho a mais do que nos dias comuns”, revela o pescador Cássio Santos.