Portadora de epidermólise bolhosa congênita, uma rara doença genética, que atinge uma em cada 100 mil pessoas no mundo, a garotinha Natália Calixto Alves, de três anos, acaba de ganhar o apoio de um grupo de advogados e amigos que se mobilizam para ajudá-la de várias maneiras, inclusive com orações e pensamentos positivos. “Tive conhecimento do problema enfrentado por essa criança e decidi convidar colegas advogados e amigos para ajudar de alguma forma”, disse o criminalista Luiz Coutinho.
Luiz Coutinho ficou sabendo da campanha Tudo por Natália, criada em março nas redes sociais. “É doloroso, principalmente para quem é pai, como eu, imaginar o sofrimento dessa criança, cuja pele fica extremamente sensível até mesmo ao simples toque”, diz o advogado ressaltando que todo tipo de ajuda é bem vindo, pois garante a Natália uma melhor qualidade de vida.
Conhecida pela sigla EB, a doença não tem cura, não é contagiosa e caracteriza-se pela sensibilidade da pele. Ao menor contato formam-se bolhas. As áreas do corpo mais atingidas são as articulações e o sistema digestivo, o que dificulta a alimentação. Tomar banho é um problema, assim como trocar os curativos. Por ficarem com a pele tão frágil, as vítimas dessa terrível doença são também chamadas de “crianças-borboleta”.
Moradora da zona rural do município de Rio do Antônio, distante 627 quilômetros de Salvador, Natália é filha de uma família simples. A mãe toma conta da casa e o pai trabalha como cortador de cana no Paraná, ficando longe da família durante nove meses por ano. A baixa renda familiar impedia que a garotinha tivesse o devido acompanhamento médico. O que vem ocorrendo a gora por causa da campanha.
“Quando conheci Natália e sua família logo percebi que eles precisariam de ajuda. Graças a Deus muitos estão colaborando e ela está tendo acompanhamento médico e uma melhor qualidade de vida”, disse Aline Coutinho, criadora da campanha Tudo por Natália, acrescentando que, por meio da Associação de Associação de Parentes, Amigos e Portadores de Epidermólise Bolhosa Congênita (APPEB), foi dada entrada em uma ação civil pública para que tanto a prefeitura de Rio do Antônio quanto o governo do Estado sejam obrigados a arcar com os custos do tratamento da doença de Natália.
Ainda de acordo com Aline Coutinho, as pessoas podem ajudar com doações, que devem ser enviadas para a Rua Santos Dumont, nº 100, Centro, Caculé-BA, CEP 46.300-000. Quem preferir pode contribuir com qualquer quantia através de depósito na conta poupança do Bradesco: Agência 3092-9, conta 1002452-8.