Tenho muita dificuldade para acreditar em teorias da conspiração. Acredito na competência e na falta dela. Considero fatos e não alimento boatos. Sobre a atuação do árbitro japonês Yuichi Nishimura na abertura da Copa, em que o Brasil bateu a Croácia por 3 a 1, de virada, constato, apenas, que ele é muito fraco e, por essa razão, não poderia apitar um jogo dessa magnitude.

Não houve pênalti em Fred, assim como houve pênalti (não marcado) do holandês De Jong, em Kaká, na Copa de 2010, quando o Brasil vencia por 1 a 0 e acabou levando a virada. Quem era o árbitro naquela ocasião? Yuichi Nishimura. Logo, foi no mínimo uma insensibilidade (mais uma) da Fifa tê-lo indicado para apitar o jogo de abertura da Copa. Ele é fraco e ponto. Tem o hábito de cometer erros capitais.

Sobre os demais lances polêmicos da estreia de hoje, penso que o japonês acertou ao marcar falta em Júlio César, num lance em que o goleiro sofreu uma carga do jogador croata. Não vi falta de Ramires antes do contra-ataque que veio a culminar no gol de Oscar, o derradeiro da vitória de hoje. Um lance duvidoso, no mínimo, em que qualquer interpretação é aceitável.

Nas redes sociais e em boa parte da imprensa, ganha peso a ideia de que houve roubo e que a Copa do Mundo estaria “comprada” para favorecer o Brasil. Caso tal hipótese venha acompanhada de provas consistentes, acreditarei nela também, perderei um pouco mais do encanto que ainda tenho pelo futebol e criticarei o favorecimento. Claro que o fato de tanto Fifa como CBF serem comandadas por dirigentes pouco confiáveis ajuda a alimentar as teorias da conspiração.

Mas até que se prove o contrário, o que vi, somente, foi uma má arbitragem do japonês, um árbitro “caseiro”, como costumamos dizer na linguagem do futebol, ou seja, que tende a favorecer o time da casa, em caso de dúvida. A Coreia do Sul, não esqueçamos, foi extremamente beneficiada por árbitros como Yuichi Nishimura na Copa realizada na Ásia, em 2002. Hoje, o juiz se deixou levar pela malandragem de Fred.

Lamentável foi a entrevista coletiva do Felipão. Questionado sobre o pênalti inexistente, o técnico primeiro respondeu que, na opinião dele, o juiz não errou. “Para mim, foi”, declarou. Posteriormente, afirmou que se fosse o técnico da Croácia [Niko Kovac] também reclamaria do pênalti que foi assinalado…

Pimenta no dos outros é refresco.