“Está consumado”! Estas foram as palavras de Jesus Cristo nos últimos instantes de vida Dele, pregado na cruz, em meio ao terno olhar de sua mãe, Maria, de pé, mesmo com tanta dor, alguns corajosos discípulos que permaneceram fieis ao Mestre naquele momento, curiosos, soldados de Pilatos, carrascos, fariseus e sumos-sacerdotes que pediram sua morte. Mais de dois milênios depois, esse ato de amor perfeito, pleno e puro do Messias, do filho de Deus, ainda mexe com a humanidade, com aqueles que creem.

Jesus sendo flagelado, antes da crucificação... | Foto: Marcelo Floripa

Jesus sendo flagelado, antes da crucificação… | Foto: Marcelo Floripa

Mas o que queria dizer Jesus com aquelas últimas palavras? “Está consumado”! Em mensagem aos católicos, na celebração do Tríduo Pascal [do lava pés, na Quinta-feira Santa, passando pela Sexta-feira da Paixão e culminando no Sábado de Aleluia, com a Vigília Pascal], no Vaticano, o papa Francisco respondeu: “Isso significa que a obra de salvação foi realizada”.

Jesus, com seu sacrifício, “transformou a maior injustiça em amor maior”, continua o Pontífice. Essa mensagem do Cristo, logo, nos impele a fazer o mesmo. Diante das injustiças que volte e meia batem a porta da nossa existência, precisamos ter uma atitude cristã. É necessário cristificar nossas reações. O mundo precisa disso: combater injustiças com amor, enfrentar o ódio com amor, diluir as brigas com amor, dissipar o mal com amor.

“Se não nos aproximamos da santa Comunhão sem estar sinceramente dispostos a lavar os pés uns dos outros, não reconhecemos o Corpo do Senhor”, conclama o papa Francisco. Então, o amor vem acompanhado de um aliado: a humildade. Estes dois, então, seriam os melhores ingredientes das fartas ceias que costumamos fazer nestes dias santos: amor e humildade.

Esse é o pedido que o Senhor nos faz nesta Sexta-feira da Paixão. Então, antes da ‘comelância’, reserve um tempo para entrar em intimidade com Jesus. Reconheça o ato de amor que Ele teve por você, por nós, dando a própria vida para a remissão dos nossos pecados.

Mesmo sendo perfeito, mesmo sendo o Emanuel, o Deus Conosco, ele se fez homem, se humilhou, lavou os pés dos seus discípulos, para provar que servir é melhor que ser servido, e nos deu a maior prova de amor. Aí sim, tudo faz sentido.