Artista apresenta três músicas autorais que revisitam suas raízes na região suburbana e misturam ancestralidade, afetos e sonoridades afro-baianas

A cantora, compositora, percussionista e diretora musical Alexandra Pessoa (@alexandrapessoamusica) lança seu novo EP “Peixa Suburbana”, que é ao mesmo tempo um mergulho nas suas raízes e uma ode poética ao Subúrbio Ferroviário de Salvador. Com mais de 20 anos de trajetória na música, Alexandra celebra sua história, vivências e identidade através de canções que transitam entre o afro-baiano, o pop e as memórias da infância em Periperi, bairro onde nasceu e cresceu, até sua atual morada em Praia Grande. OUÇA AQUI: https://onerpm.link/265229337259?fbclid=PAZXh0bgNhZW0CMTEAAafcrDS4n_pQso7sS0PlwL_VIOkIW_puveNhLS4cQ-V0vNYfYPMpHwM2vHsnRw_aem_bybDAgOa6AB6NvwddQN83w.

No dia 17 de abril também será lançado o videoclipe da música “Peixa Suburbana” no canal: www.youtube.com/@sonsdosuburbio

O lançamento acontece através do projeto Sons do Subúrbio (@sonsdosuburbio), que também ofereceu mentorias e assessorou a artista em todo o processo de gravação e divulgação do EP. A obra é um reencontro da artista com suas próprias origens culturais e afetivas. “O Peixa Suburbana chega pra revisitar minhas memórias, chamei de baile arqueológico dos afetos. É um mariscar profundo das minhas histórias vividas na região, afirma Alexandra.

A inspiração para o EP começou a tomar forma durante a pandemia, quando a artista compôs “Matripotência” e, logo após, teve contato com pesquisas sobre o Sambaqui da Pedra Oca (atualmente chamado de Fazendinha), localizado em Periperi – próximo à casa onde viveu na infância. A partir daí, Alexandra se reconectou com a ancestralidade afro-indígena presente na região suburbana e passou a explorar musicalmente esse território simbólico e geográfico.

“Eu comecei a pensar que o afro e o tupi estão aqui e em toda região do subúrbio ferroviário, e sou feita disso. Foi o que me formou”, explica a artista. As faixas do EP transitam por temáticas como o mar, os sonhos, os bairros do subúrbio e questões sociais como o machismo, o meio ambiente e a marginalização dos territórios periféricos. Tudo isso a partir do olhar sensível e da voz potente de Alexandra.

Musicalmente, o trabalho é um caldeirão de referências. A artista resgata sonoridades do movimento Black Bahia, da música pop norte-americana dos anos 80 e 90 – como Michael Jackson e Chaka Khan – e revive as memórias dos ensaios do Araketu, que ouvia nos domingos de sua infância. As influências da música afro-baiana, marca registrada de sua obra, também estão presentes.

“Quero ouvir esse disco e lembrar sempre de onde eu vim, e que a gente tenha a possibilidade de contar uma história com liberdade, criando um universo de beleza num lugar que só é visto pela vulnerabilidade e marginalidade”, declara Alexandra.

Com o EP “Peixa Suburbana”, a artista não apenas compartilha sua trajetória com o público, mas também reforça seu pertencimento ao território que a formou, através do projeto Sons do Subúrbio. “Apesar de já ter uma trajetória musical, muitas pessoas que conhecem minha música, não sabiam da minha história. Então o projeto reforça esse pertencimento”, conclui.

O Sons do Subúrbio é um movimento que propõe impulsionar a carreira de artistas da música independente, residentes no Subúrbio Ferroviário de Salvador, através da qualificação profissional e apoio na produção artística. Em sua 1ª edição, o Sons do Subúrbio seleciona 8 artistas, bandas ou grupos musicais para passarem por essa trilha de desenvolvimento artístico.

O projeto acontece através de etapas que incluem mentorias e bate-papos com foco em produção e comunicação artístico-musical, ensaio fotográfico, gravação e lançamento de EPs, orientação para registro das composições e obras autorais, produção de videoclipes acessíveis e apoio na criação de materiais promocionais (release, biografia, portfólio, rider e mapa de palco).

O projeto é realizado por Edmilia Barros Produção & Gestão em Cultura, tem patrocínio do Guaraná Antarctica e do Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.