Oroboro Circuito Imersivo lança nesta sexta-feira (11) os vídeos imersivos que utilizam realidade virtual para aproximar o público da obra dos artistas
Nesta sexta-feira (11), serão lançados os videoclipes dos três artistas residentes e atuantes na Bahia selecionados para uma proposta inovadora que conecta a música autoral à tecnologia de Realidade Virtual (VR). A iniciativa é do projeto inédito “Oroboro – Circuito Imersivo” e o resultado consiste em vídeos imersivos carregados de sensibilidade, que serão assistidos em primeira mão, durante esta semana, por estudantes de escolas públicas de Salvador, numa experiência completa com uso de óculos de realidade virtual.
Os videoclipes estarão disponíveis no canal do Youtube da Bogum Ambiente Criativo (https://youtube.com/@bogum.ambiente.criativo?si=3ugqotFPzwdfg9fv).
As escolas contempladas para assistir aos videoclipes com exclusividade são o Colégio Estadual Francisco da Conceição Menezes, no Cabula, e o Colégio Polivalente de Amaralina. Além de conferir os produtos audiovisuais, os jovens também participam de um bate-papo sobre arte e tecnologia com o diretor e roteirista Moisés Victório e a diretora artística e roteirista Marina Martinelli.
Gravados em 360º, os vídeos fazem uma introspecção e focam nos mínimos detalhes para aproximar o público dos artistas Alexandra Pessoa, Omin e Osvaldo Bola, autores das respectivas canções “Morada”, “Bandeja de Prata” e “Buracão”. O objetivo do projeto é levar a música baiana para novos cenários tecnológicos, promovendo uma experiência audiovisual alinhada às grandes tendências do mercado cultural, mas que ainda são inacessíveis para muitos artistas independentes.
Morada – Para Alexandra Pessoa, a iniciativa permite que as pessoas entrem no universo do artista de forma inédita. O videoclipe de “Morada” foi gravado próximo a cachoeira de Nanã, um local simbólico para a cantora, que remete às memórias de sua infância e ao desmatamento do Parque São Bartolomeu. “A canção fala sobre Reconexão, e foi o que essa experiência do Oroboro me trouxe: estar dentro de uma floresta sagrada e, de alguma forma, tocar cada um que entra nesse universo 3D”, relata.
Bandeja de Prata – A experiência de gravar sua composição “Bandeja de Prata”, que fala sobre empoderamento e ancestralidade, em formato imersivo foi, para Omin, muito especial e diferente de tudo que já havia feito. “Gravar em Realidade Virtual é compreender a importância de cada detalhe e se aproximar ainda mais do espectador, que tem a sensação de fazer parte da história narrada. É também fundamental dar visibilidade a trabalhos artísticos autorais baianos e circular os produtos gerados em escolas públicas, onde há diversas carências”, explica o cantor.
Buracão – Para o autor de “Buracão”, Osvaldo Bola, iniciativas como a do Oroboro são imprescindíveis para o cenário artístico cultural. “É um projeto que atravessa toda uma cadeia produtiva, multi-linguagem, com preocupação social e que amplifica trabalhos que teriam dificuldade de gerar um material desse por conta própria. Para além dos produtos finais de audiovisual, tem toda uma conexão, conhecimento e redes que se formam e dão manutenção ao fazer artístico na Bahia”, afirma Osvaldo.
AS NOVAS POSSIBILIDADES DE CONEXÃO
A seleção dos artistas foi realizada por uma comissão especializada, composta por profissionais reconhecidos no campo das artes: Manuela Rodrigues, Marina Martinelli, Moisés Victório, Marcos Santos e Ana Paula Vasconcelos. O processo seletivo priorizou a diversidade de trajetórias musicais e identidades, garantindo uma programação rica e representativa.
“A experiência em 360 convida e provoca de uma forma diferente, acreditamos que pode proporcionar formas interessantes de conexão e fruição. A tecnologia avança na medida em que nos aproximamos uns dos outros e engajamos nossos sonhos com os sonhos de outras pessoas. Eu espero ver nas escolas jovens inspirados pelas possibilidades, pensando em como extravasar suas próprias ideias e sonhos, a partir das experiências de Buracão, Morada e Bandeja de Prata”, comenta a diretora artística e roteirista Marina Martinelli.
SOBRE O PROJETO
O “Oroboro – Circuito Imersivo” é uma realização da Bogum Ambiente Criativo, em parceria com a Multi Planejamento Cultural e Literaturista. Foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia, com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal.
Segundo Moisés Victório Castillo, idealizador do projeto, o foco inicial é a música, mas há planos de expansão para integrar outras expressões artísticas, como dança, literatura, teatro e cinema. “A ideia é plantar a semente do novo e do que o mercado tem proposto, com tecnologias que estão se aperfeiçoando há muito tempo”, comenta.
A combinação de tecnologia, arte e impacto social faz do “Oroboro – Circuito Imersivo” uma iniciativa pioneira que conecta a tradição musical baiana às inovações tecnológicas, projetando os artistas locais para novas dimensões de experiência sensorial.
Mais informações podem ser conferidas no site https://www.bogum.com.br/oroboro e
nas redes sociais do Oroboro (Instagram: @oroboro.ba).