A conclamada Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas pode ser instalada nesta semana na Assembleia Legislativa. Durante 120 dias a CPI vai investigar denúncias de que há uma quadrilha forte agindo na Bahia – o estado está entre os três do país que mais “fornecem” material humano para os traficantes. A parlamentar camaçariense deverá presidir a Comissão, que será formada ainda por seis deputados da base governista e dois da oposição.

“Quando se divulga e se enfrenta o problema, o traficante se recolhe”, defendeu Luiza Maia. De acordo com ela, esse crime é “silencioso”, ganhou maior visibilidade com a novela da Globo, “Salve Jorge”, mas que precisa ser reverberado com maior força para a sociedade se conscientizar, para que o tema não caia no esquecimento.

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Maia afirmou ainda conhecer alguns crimes do gênero ocorridos em na sede de Camaçari e no distrito de Vila de Abrantes, além do já conhecido nacionalmente caso de MonteSanto. Em 2011, cinco crianças foram retiradas da família para uma adoção irregular e este ano, devido a uma forte investigação, essas crianças foram devolvidas.

Já a deputada Neusa Cadore (PT), presidenta da Comissão dos Direitos da Mulher e que também vai integrar a CPI do Tráfico de Pessoas, acredita que precisa haver uma convocação “da rede de atenção à mulher em situação de violência” no sentido de “dividir com ela esta conquista”.

Os deputados petistas J. Carlos e Bira Corôa, também foram indicados para compor a CPI. A oposição deve formalizar os nomes que indicará nesta semana.