A tragédia ocasionada pelo rompimento das barragens da empresa Samarco (controlada pelas mineradoras Vale e BHP), em Minas Gerais, no dia 5 de novembro, fez acender o ‘sinal vermelho’ para a situação das barragens da Bahia. É que de acordo com o último relatório de Segurança de Barragens da Agência Nacional de Águas (ANA), datado de 30 de setembro de 2014, o estado tem 33 barragens em categoria de risco alto.

riodoce_bnlImagem aérea mostra a a lama no Rio Doce, na cidade Resplendor (MG). Tragédia ambiental foi causada pelo rompimento de duas barragens da mineradora Samarco/Foto: Fred Loureiro/ Secom ES / Fotos Públicas

Segundo o documento da ANA, o risco é medido por meio de “características técnicas, estado de conservação do empreendimento e atendimento ao Plano de Segurança da Barragem”. Entre as barragens neste indicativo, estão empreendimentos em grandes cidades, como Brumado, Luís Eduardo Magalhães e Camaçari. O número fica mais alarmante ainda quando associado a outro indicador: Dano Potencial Associado.

Nove barragens administradas pela Companhia de Engenharia e Recursos Hídricos da Bahia (Cerb-BA) estão neste estado de conservação. A ANA não especificou, todavia, em quais municípios elas estão localizadas. A avaliação conjunta das barragens com Categoria de Risco (CRI) Alto e Dano Potencial Associado (DPA) Alto permite concluir para quais barragens as ações de acompanhamento, fiscalização e recuperação devem ser priorizadas, pois a categoria de risco alto significa maior número de ameaças à segurança da barragem e, por sua vez, o dano potencial alto indica que, em caso de um acidente, as consequências seriam graves.

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O Dano Potencial Associado Alto é medido em função do potencial de perdas de vidas humanas e impactos econômicos, sociais e ambientais decorrentes da ruptura da barragem.