O presidente americano, Barack Obama, afirmou neste domingo, 22 de novembro, que ir a Paris para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP21), que começa no próximo dia 30, vai mostrar que não há medo do terrorismo. “Penso que é absolutamente vital para todos os países, todos os líderes, enviar um sinal de que a crueldade de uma mão cheia de assassinos não vai parar o mundo de tratar de questões vitais”, disse Obama em entrevista em Kuala Lumpur.

obama_bnlPara Obama, realização da COP21 poucos dias depois dos atentados em Paris pode ser entendida como uma resposta aos terroristas/Foto: Chuck Kennedy/ TWH / Fotos Públicas

Segundo ele, além de buscar terroristas, de serviços secretos eficazes, de ataques com mísseis, de cortar o financiamento e todas as outras medidas, o meio mais poderoso para lutar contra o Estado Islâmico é dizer que não há medo.

Obama está entre os mais de 100 dirigentes estrangeiros esperados em Paris, a partir de 30 de novembro, para participar da COP21 e tentar alcançar um acordo global sobre as alterações climáticas.

“Não sucumbiremos ao medo. Isso é o poder primário que esses terroristas têm sobre nós”, disse o presidente americano.

Obama anunciou que convidou líderes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) para visitar os Estados Unidos, insistindo que os laços com nações asiáticas são “absolutamente críticos” para a segurança do país.

A Asean declarou-se hoje como mercado único, concluindo um processo de oito anos para integrar as suas dez economias, que juntas somam um Produto Interno Bruto (PIB) de mais de US$ 2,5 bilhões.

A organização, fundada em 1967, é formada pela Birmânia, o Brunei, Camboja, as Filipinas, a Indonésia, o Laos, a Malásia, Cingapura, a Tailândia e o Vietnã, com um total de 622 milhões de habitantes.

Os líderes desses países assinaram neste domingo a declaração em que se afirmam como a Comunidade Asean, na cúpula do bloco regional que está sendo encerrada em Kuala Lumpur, onde também está prevista a aprovação de um plano de ação até 2025.

(Via Agência Lusa)