A série revivendo boas histórias da estrada continua neste mês de fevereiro. O Bahia na Lupa rememora reportagens antigas de alguns roteiros de viagem por nosso imenso território baiano. Gente, lugares, comidas, costumes…

Acordei e estava entre grades! Um sonho, não pesadelo! Não uma cadeia pública, dessas da modernidade, cheias de vômito de uma sociedade esquizofrênica, que não sabe punir justamente e nem ressocializar. Eram grades da história, de um longínquo e saudoso tempo pós-colonial. Poesia saiam daquelas entrelaçadas barras de ferro…

Vista da janela da atual Câmara Municipal de Cachoeira. Foto: Cadu Freitas/BnL

Vista da janela da atual Câmara Municipal de Cachoeira. Foto: Cadu Freitas/BnL

Luta, conquistas, sangue e suor de quem brigou, há centenas de anos, pela independência do Brasil na Bahia, que expulsou tropas estrangeiras, de baioneta em punho e malemolência nos quadris.

Em Cachoeira, o primeiro passo para a independência da Bahia, em 1822. Pintura de Antônio Parreiras | Foto: Cadu Freitas/BnL

Em Cachoeira, o primeiro passo para a independência da Bahia, em 1822. Pintura de Antônio Parreiras | Foto: Cadu Freitas/BnL

Cachoeira, portal do Recôncavo, este que mais parece um exemplar eternizado, num sopro do tempo, da Bahia em sua gênese.

A imponência histórica do município. | Foto: Cadu Freitas/BnL

A imponência histórica do município. | Foto: Cadu Freitas/BnL

Não qualquer olhar, mas há olhares que enxergam esta disritmia cronológica, que fez congelar no tempo, como uma tatuagem viva, as marcas da época de outrora.

O antigo e o novo se unem harmoniosamente. | Foto: Cadu Freitas/BnL

O antigo e o novo se unem harmoniosamente. | Foto: Cadu Freitas/BnL

Não a toa que a capital da Bahia, uma vez por ano, muda-se para lá. Cachoeira. Encantos, sutilezas, dualismos gentis, tradições, fé e ancestralidade exalam de ti. Do pitoresco mercado, da excentricidade de seu povo, culinária e ruelas à repercussão mundão a fora.

Independência do Brasil na Bahia, marcas de um tempo. | Foto: Cadu Freitas/BnL

Independência do Brasil na Bahia, marcas de um tempo. | Foto: Cadu Freitas/BnL

Do olhar poético e fotográfico, ao jornalístico e literário, suas cores, cheiros, impressões e contradições são pujantes. Oxalá sua extirpe de pedaço da Bahia antiga jamais fosse corrompida, desvirginada, por uma sociedade que cultua o selfie fugaz e despreza a cultura raiz.

Cachoeira, suas cores, geografia e ruelas... | Foto: Cadu Freitas/BnL

Cachoeira, suas cores, geografia e ruelas… | Foto: Cadu Freitas/BnL

Ah, Cachoeira…

 

*Este conto faz parte da série especial do Bahia na Lupa, iniciada neste sábado, 09 de agosto, que homenageia a Bahia, recontando suas histórias, de cidades históricas àquelas “invizibilizadas”. Acompanhe, sugira pautas, participe!