Com mistura de ritmos que prometem mexer com o corpo e a mente do público, artivista fala de empoderamento feminino, afrofuturismo e ancestralidade. Show acontece dia 05 de outubro no Rio Vermelho.
A cantora e compositora pernambucana Doralyce (@missbelezauniversal) retorna a Salvador trazendo seu show “Miss Beleza Universal”, em uma mistura de ritmos que prometem mexer com o corpo e a mente do público. O show acontece dia 05 de outubro (quinta), a partir das 20h, na Mercearia Bar (Rio Vermelho). Os ingressos custam entre R$ 20 e R$ 40, de acordo com a variação do lote, e estão disponíveis no link.
A artivista traz um formato de show que passeia entre o intimista e dançante, que vai do samba, funk, trap e pop ao bregafunk. No repertório estão músicas autorais de seus dois últimos álbuns “Dádiva” (2022) e “Dassalu” (2023), além de canções nordestinas e conhecidas por grandes nomes da música brasileira, como “Miss Beleza Universal” (funk), “Calor no Rio” (bregafunk), “Acenda a luz” (pop) e a versão feminista “Nós somos Mulheres” (samba). O show conta ainda com a participação da multiartista baiana Suyá como convidada.
Doralyce é uma mulher preta, nordestina, feminista e bissexual, que carrega em suas músicas temas como empoderamento feminino, afrofuturismo e ancestralidade. Sua arte é fruto dos movimentos musicais manguebeat e Olinda Original Style, é pensadora da Primavera Solar (Movimento de Emancipação Feminista) e uma personalidade da MAB – Música Afrofuturista Brasileira.
De acordo com a artista, o baile é um espaço seguro de acolhimento e protagonismo de pessoas fora do padrão e um lugar onde artistas da cena independente se conectam. “A ideia é proporcionar uma experiência de liberdade, acolhimento e representatividade no universo afrocentrado, feminista, LGBTQIAPN+ e democrático”, destaca Doralyce.
SERVIÇO
Doralyce – Show da Miss Beleza Universal
05 de outubro 2023 – Quinta-Feira
Horário: 20h
Local: Mercearia Bar
Endereço: Rua João Gomes, 17, Rio Vermelho, Salvador
Ingressos:
1º lote – R$ 20
2 lote – R$ 25
3 lote – R$ 30
4 lote – R$ 40
Vendas: Shotgun
Produção: Colmeia 22 e Edmilia Barros – Produção & Gestão em Cultura
SOBRE DORALYCE
Quem disse que música e política não se misturam?! Doralyce aos seus 30 e poucos anos já entendeu que a música cura, que a educação salva e que a arte é mais uma ferramenta da política.
A trajetória de Doralyce começa no estado de Pernambuco, quando menina, aos 3 anos de idade, já sabia que seu lugar era no palco com microfone na mão. Cresceu numa educação evangélica, que trouxe oportunidade de se iniciar no canto e ao mesmo tempo a provocou profundamente a questionar a relação entre o sagrado e o profano. É preciso mencionar que sua juventude se passou no epicentro do movimento manguebeat, o que faz de Doralyce um fruto desse movimento cultural, uma artista Olinda Original Style.
Essa caminhada proporcionou à ela se questionar e se tornar essa mulher emancipada, embaixadora da revolução afetuosa e afrocentrada. Entre direito e ciências sociais, Doralyce segue em direção ao sonho da menina e seu maior aliado segue sendo o palco e o microfone. Doralyce acredita nas trocas e assim escreve sua história reverenciando sua ancestralidade, sua identidade e fortalecendo a representatividade para mulheres pretas, LGBTQIA + e latino americanas.
2016 foi o ano em que Doralyce ganha destaque por suas análises de conjunturas políticas pontuadas de forma assertiva em suas poesias e rimas. Chamou a atenção de Lula e lançou o hit Miss Beleza Universal, que até hoje é sua marca identitária registrada.
O Canto da Revolução é o primeiro disco autoral lançado em 2017, na sequência Doralyce realiza o álbum Doralyce No Estúdio Showlivre (Ao Vivo). Ela tem o poder nas palavras e ao lado de Silvia Dufrayer, reescreveu letra da música Mulheres composta originalmente por Toninho Geraes e eternizada na voz de Martinho da Vila.
No mesmo ano 2018, foi convidada para uma residência artística em Northwestern, Chicago (EUA), na qual foi estudada para tese de doutorado e apresentada como expoente do afrofuturismo nas Américas. Feminista, bissexual e artivista, é pensadora da Primavera Solar (Movimento de Emancipação Feminista), e idealizadora do Selo Colmeia 22 e de Dassalu (Modelo de negócio, com conjunto de tecnologias de emancipação para pessoas pretas, latinas, lgbtqiapn+).
O lançamento que dá sequência à consolidação de Doralyce como artivista se dá pelo disco Pílula Livre que enfatiza seu posicionamento contra a prisão do presidente Lula. Doralyce é arte, ativismo e muita realização.
Em 2021 criou o selo Colmeia 22, fruto do coletivo que levava o mesmo nome, lançou projetos de Bia Ferreira, Bixarte, Luana Flores, Pacha Ana, Tyaro, Bruna BG, Grupo Bongar, Rúbia Divino, Luana Flores, Vinicius Lezo, Abulidu, Júlia Tizumba e dela própria.
Doralyce significa Dádiva, é o nome do terceiro disco da carreira, O nome do disco é o significado do nome Doralyce, uma dádiva que é o presente, a graça, bênção, e ela é um presente para quem se conecta com suas palavras e ritmos. Doralyce é a representação fiel de que dá pra rebolar a raba com uma mão no joelho e a outra mão na consciência, se curar cantando e dançando em busca de uma sociedade mais justa, equânime e harmônica.
Sua atuação não se limita a compor, cantar e movimentar pessoas, 2022 foi um ano de muita atividade, Doralyce emprestou sua voz para a campanha publicitária do Premiere para o Brasileirão 2022. Participou ao lado de Romero Ferrp, Johnny Hooker, Doralyce, Hiran, Mel, Katú Mirim e Filipe Catto da gravação do single “Tolerância Zero (remix)”, na campanha “Orgulho de Ser”, que celebra o Dia Internacional do Orgulho LGBTI+ (28/06) da empresa de telefonia Tim.
Doralyce é reconhecida como intelectual pela potência e posicionamento de suas composições, a consagração dessa persona se deu na colaboração no livro digital PRETAGONISMOS organizado por Rodrigo França e Jonathan Raymundo, organizadores, que reúne textos de 28 pensadores: Adailton Moreira Costa, Andressa Cabral, Anielle Franco, Aza Njeri, Carla Akotirene, Deborah Medeiros, Diego Moraes, Doralyce, Eliana Alves Cruz, Elisa Lucinda, Érico Brás, Fábio Kabral, Filó Filho, Flávia Oliveira, Henrique Vieira, Jonathan Raymundo, Julio de Sá, Katiúscia Ribeiro, Leonardo Morjan Britto Peçanha, Marco Rocha, Mariana Ferreira, Pedro Carneiro, Rico Dalasam, Rodrigo França, Sabrina Fidalgo, Valéria Barcellos, William Reis, e ainda conta com a contribuição da ambientalista indígena Narubia Werreria.
Em 2023, Doralyce já começa a deixar sua marca como a única cantora preta a representar o estado de Pernambuco no Festival do Futuro, numa posse histórica marcada pela representatividade e diversidade do povo brasileiro. Se apresenta na posse da Funarte. Participou do programa Senhora Panela com Carmem Virgínia e Nega do Babado exibido pelo GNT e agora ruma para o lançamento de seu quarto disco autoral, DASSALU, com apoio do Rumos Itaú Cultural e distribuição do selo Colmeia 22 (Altafonte) pautando a emancipação de todas as mulheres, das pessoas pretas, pessoas com deficiência, da revolução afetuosa, da música que cura, do corpo livre que dança.
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Gisele Santana
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