Após dois anos com produções voltadas ao digital, o espaço de cultura se renova com nova identidade visual e inaugura sala em homenagem a multiartista Ivana Chastinet

Após um respiro produtivo de atividades culturais voltadas ao digital, a Casa Preta Espaço de Cultura, localizada no boêmio e plural bairro do Dois de Julho, na Rua Areal de Cima, número 07, retoma suas atividades presenciais com a inauguração da Sala Ivana Chastinet, em homenagem a multiartista e produtora cultural falecida em março de 2017, e lançamento de sua nova identidade visual. Todos os cuidados com distanciamento social e protocolos de combate ao Covid-19 serão tomados.

A programação da Casa inicia no dia 11, com o show Cores Vivas, da clarinetista e intérprete Vanessa Melo, a partir das 20h, acompanhada do multiinstrumentista Jordi Amorim e participação da também cantora Isabela Meirelles. O show nos leva a uma Salvador mítica, atemporal e com sabor de verão.

Ritualística e ancestral
Voltar a ter shows no dia 11 de março está também relacionada às comemorações de 11 anos da Casa Preta, espaço de criação, produção, formação, fruição e intercâmbio artístico e cultural, que nessa uma década teve apresentações musicais, teatro, dança, seminários, debates e oficinas de formação. Em 2017, a Casa recebeu o “Selo Caymmi de Música”, pela sua contribuição à música independente soteropolitana.

Programação de Março
Com título homônimo à composição de Gilberto Gil, a intérprete e clarinetista Vanessa Melo apresenta o show Cores Vivas, no próximo dia 11 de março, às 20h, na Sala Ivana Chastinet. Com ingressos a venda pelo Sympla, com inteira no valor de R$30 (trinta reais), Melo promete nos levar a uma Salvador mítica e atemporal, cheia de sabores sobre o verão, num show com timbres da clarineta, violão, percussão e voz.

Em Cores Vivas, a cantora – que já trabalhou com maestros renomados como Leitieres Leite e Fred Dantas – terá a companhia do músico de cordas Jordi Amorim e terá a participação especial da cantora Isabela Meirelles. De acordo com ela, os timbres dos instrumentos e da sua voz se fundem em contra cantos melodiosos que permeiam a música afro-brasileira, em sua rítmica matriz. Ijexá, Cabula, Congo de Ouro, são algumas das claves presentes no repertório. Canções como É D’Oxum, Samba da minha terra, e Deixa gira girar, serão revisitadas no formato duo, trazendo coloridas e sonoras paisagens.

Vírus Carinhoso
Já no dia 12 de março, a partir das 19h30, a Casa Preta recebe a performance de Vírus Carinhoso que apresenta o EP “Capella”, lançado no final de 2021, junto com músicas inéditas de seus próximos projetos, composições carregadas de suas vivências e versos contemplativos, com instrumentais de seu parceiro JLZ – que traz sonoridades diaspóricas juntamente com o eletrônico, uma junção perfeita para se tornar um pop com pitada do experimental.

No dia também teremos a participação especial de CeloDut, artista soteropolitano e também do selo 999 – que o Vírus faz parte, e apresenta seu EP “Doce”, com faixas do seu futuro álbum de estreia. Na discotecagem teremos a DJ DMT trazendo o groove e o grave que bate certo.

Prosa e Poesia
Da brisa Iemanjá as matas caboclas de Oxóssi e Ossain. Depois de 17 meses sem edição, o Sarau do Porto está de volta. No dia 20 de março, a partir das 16h20, aporta na Casa Preta com a apresentação do trio Nave, composta por Daniel Farias, Filipe Lorenzo e Talis Castro. Nesta edição, contará também com as participações especiais da cantora e atriz Ana Barroso, do maestro e musicista Jarbas Bittencourt e da poeta Lívia Natália, além do já tradicional palco aberto, onde o público se inscreve e pode participar com música, dança, poesia, entre outros. Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente pelo Sympla, no valor de R$ 20 (vinte reais) e, no dia do evento, aqueles que queiram se apresentar pagam R$10 (dez reais).

Black Music Feminina
Distribuindo sorrisos e um bom humor cativante, no dia 26 de março, a partir das 20h, a Dj Belle mixa a representatividade em seus sets. Traz a essência da black music nas suas pesquisas atuais, além de hinos que não saem da moda, agitando o público de qualquer idade. Na apresentação do domingo, Belle trará uma playlist feminista, com músicas feitas por mulheres pretas.

Pandemia e pautas
Em agosto de 2020, com o Brasil também atingido pela pandemia do Covid-19 e novos formatos de se fazer arte, a Casa Preta começa a produzir projetos em live, tendo como ponto de partida o projeto A Real da Life/ve, realizado por grupos caseiros. Depois foi palco para produções de projetos externos. Foram mais de 30 projetos realizados de agosto de 2020 até dezembro de 2021.

Agora, a partir de março de 2022, a Casa Preta volta às atividades presenciais, com respeito aos protocolos de distanciamento e combate ao Covid-19, e abre suas portas  para que artistas possam ocupar o espaço com seus eventos. Com um diálogo direto com o seu público, a Casa Preta tem um perfil no Instagram (@casapretaespacodecultura), com cerca de 06mil seguidores, e no YouTube (youtube.com/casapreta), com mais de 1,7mil inscritos. Para solicitações de pauta, os interessados podem ir ao perfil do Instagram ou enviar email para contato.casapreta@gmail.com .

Para além de suas salas de ensaio, estúdio de gravação, o quintal ancestral e o Terraço com vista para a Baía de Todos os Santos, a Casa Preta dispõe de salas para ensaio, espaços para apresentações em teatro, dança, música e realização de lives. A Casa oferece  serviços de carpintaria, criação e confecção de cenários, aluguel de equipamentos de som e iluminação, serviço de assessoria de comunicação especializada na área cultural, atores e atrizes, autor(a), roteiristas, cantor(a), musicistas, compositores(as), produtores culturais e staff.