A crítica de cinema é responsável por ligar os filmes ao público e possui bastante importância para o desenvolvimento da indústria cinematográfica, pois colabora com o estabelecimento de um campo intelectual bem sedimentado. Nas páginas deste livro, o leitor encontrará um interessante percurso histórico desse gênero discursivo, que arquiva, cataloga, descreve, oferece dados cronológicos, hierarquiza, sistematiza. Um livro que também permite ao leitor compreender como se encontra o campo da crítica cinematográfica atual, um espaço cheio de complexidades…
Com linguagem metalinguística, o livro ‘Como e por que sou crítico de cinema’ é também o resgate de parte da memória do autor, Leonardo Campos, um crítico de cinema relativamente recente. A obra vai ser lançada no sábado, 21 de maio, a partir das 17h, no Cine Glauber Rocha, praça Castro Alves, Salvador.
Campos, ao traçar a sua relação com o cinema, não está falando apenas de si, mas resgatando a memória de outros cinéfilos da sua geração, e, em alguns momentos, de gerações distintas.
No que tange à relação com a internet, o texto oferece ao leitor um panorama do desenvolvimento da crítica na esfera virtual, bem como traz as vozes de outros críticos de cinema, numa espécie de socialização das reflexões sobre o que é atuar na análise cinematográfica na contemporaneidade. Além de tocar nos pontos nevrálgicos do campo da crítica, o livro brinda o leitor com sugestões empíricas de como se tornar um crítico de cinema com repertório múltiplo.
O livro é a 2ª parte da Trilogia do Tempo Crítico, iniciada em 2015 com Madonna Múltipla – Cinefilia e Videoclipe. A obra anterior analisava como a cantora estadunidense utiliza a linguagem audiovisual para discutir temas contemporâneos.
O terceiro da série será lançado em 2017 e tem como foco a relação entre Mídia e Sociedade, através de análises fílmicas.