Até o mais forte dos mortais, teria dificuldade para aceitar tão facilmente o fim deste livro. Sabe por quê? Porque nós, seres humanos, só estamos preparados para finais felizes.
Diria até que não sou uma pessoa sensível o suficiente para chorar com filmes, livros ou séries… Aí está uma nova realidade que descobri sobre a minha própria pessoa.
Ao ler “Como eu era antes de você” vi que sou capaz, sim, de chorar lendo uma história, mesmo sabendo que ela não é “verídica”. Quando coloco “aspas” na palavra verídica é para deixar claro que em alguns (muitos) casos, a história de fato não aconteceu, mas é uma realidade muito próxima de tudo que a gente vive.
O livro conta o drama de Will, um rapaz bem sucedido, bonito, inteligente e com vitalidade que, por falta de sorte, sofre um acidente e seu destino é uma cadeira de rodas. Com essa nova realidade, ele se torna uma pessoa amarga e mal-humorada, que conta os dias para morte, sem aproveitar a vida ou, ao menos, fazer algo para sua própria melhora.
É então que ele conhece Lou e tudo (ou quase tudo) muda e começa a fazer o mínimo de sentido para ambos.
A história permite que o leitor reflita sobre vários pontos: seus valores, suas expectativas e suas prioridades.
O leitor passa a analisar o quanto se deve respeitar a vontade do outro, mesmo que essa vontade vá de encontro a nossa. Entende que nem sempre o que se deseja para quem ama é, necessariamente, o melhor para ela.
O fato é que, seja lá qual for a decisão, que seja para ser feliz, ficar em paz. E foi assim que Will fez, levou adiante seu desejo primário, levou adiante o que ele acreditava que lhe faria feliz. Porque viver, ainda que fosse com um verdadeiro amor ao seu lado, já não fazia mais sentindo, tampouco lhe fazia feliz. Respeito é a palavra de ordem!
Confesso que vivi um mix de sentimentos (raiva, angústia, tristeza, nervosismo, alegria, morri de rir algumas vezes, me imaginei nas cenas…) tudo junto. E, por fim, CHOREI… Sim, em letras garrafais, isso mesmo, para nunca mais eu esquecer de que sou “uma mamão”, que me achava forte o suficiente para passar por esse livro, sem sequer ficar com uma forte ressaca literária.
Leiam, vocês vão me entender e compartilhar dos mesmos sentimentos.
Se eu indico? De olhos fechados. A história é linda demais! Ah, e vou falar… Não se deixem enganar pela capa, isso é uma armadilha (risos)!
Capas fofinhas nem sempre contam contos de fadas. FATO!
Parabéns a Jojo Moyes, autora do livro, pelo trabalho fantástico que tem feito em suas obras.