O corpo de Nelson Mandela chegou ao vilarejo de Qunu no sábado, 14 de dezembro, onde será enterrado no domingo (15). O avião com o caixão decolou de Pretória às 8h (horário de Brasília) e pousou no Aeroporto de Mthatha, pouco antes das 12h. De lá, seguiu em cortejo militar com carros e motos por mais de 30 quilômetros até Qunu. Milhares de pessoas ocupavam as margens da rodovia, aguardando a passagem do caixão com o corpo do Prêmio Nobel da Paz de 1993, que, pouco tempo depois, chegou à fazenda da família Mandela.

Uma multidão foi dar o último adeus a Mandela | Foto: ABr

Uma multidão foi dar o último adeus a Mandela | Foto: ABr

A última cerimônia do funeral de Mandela está marcada para começar às 12h do domingo (horário de Brasília), com a presença de parentes, amigos e autoridades. Segundo o cerimonial, uma marquise foi montada na propriedade da família para acomodar cerca de 4.500 pessoas. Duas horas depois, apenas a família e alguns convidados caminharão com o caixão até o local onde o corpo será enterrado.

Durante os três dias em que ficou exposto no Union Buildings, o Palácio do Governo da África do Sul, em Pretória, cerca de 100 mil pessoas passaram pelo local. As estimativas iniciais do governo eram de um número menor de visitantes, mas foram atualizadas depois de constatarem que, somente no último dia de visitação, mais de 50 mil pessoas foram prestar as últimas homenagens ao símbolo da luta contra o apartheid.

Em Joanesburgo ainda há homenagens

No dia em que o corpo de Nelson Mandela chegou a Qunu, onde será enterrado, muitas pessoas foram à frente da casa onde o ícone da luta contra o apartheid passou seus últimos meses de vida. Em Houghton, nos arredores de Joanesburgo, um grupo de aproximadamente 50 pessoas cantavam músicas de agradecimento a Madiba, como é chamado carinhosamente o ex-presidente sul-africano.

Tumulto e longas filas no último dia de funeral do ex-presidente da África do Sul | Foto: ABr

Tumulto e longas filas no último dia de funeral do ex-presidente da África do Sul | Foto: ABr

Muitas crianças foram levadas por seus pais e deixaram flores no local, que desde a morte do ganhador do prêmio Nobel da Paz, em 1993, recebeu milhares de arranjos florais, velas e mensagens. As homenagens não são apenas dos sul-africanos, mas de pessoas de várias partes do mundo que por ali passaram e deixaram cartazes e cartas de agradecimento.

As pessoas tiravam fotos para registrar o momento e o local histórico. Alguns, ainda se emocionam a ponto de não conter as lágrimas com a lembrança de Mandela e de sua morte. Próximo à esquina da grande casa, alguns comerciantes aproveitam a ocasião para vender itens com a imagem do símbolo da liberdade e da paz na África do Sul: camisetas, quadros, boínas, bótons, entre outros.

A última cerimônia do funeral do “pai da nação”, como é chamado, ocorrerá na manhã de domingo, 15 de dezembro, na fazenda da família, em Qunu, no Sudeste do país, onde o corpo será enterrado. Mandela, que assim como o título de sua autobiografia diz, percorreu um longo caminho para a liberdade, agora está a poucos instantes do seu descanso final.

*Agência Brasil