Olodum, muito além da batucada no Carnaval! E o é. Alguns conhecem apenas a banda musical, mas poucos sabem que a instituição Grupo Cultural Olodum é um verdadeiro manancial de cultura viva da Bahia, negritude e projetos sociais reconhecidos mundialmente pela Unesco e pelas Nações Unidas.
“Somos a cultura viva da Bahia. Nossa missão é projetar a cultura baiana, o Pelourinho, para o mundo”, aponta João Jorge, presidente do Olodum. Em seu escritório, na sede da entidade, quadros nas paredes mostram a projeção global desta instituição. Fotografias nas pirâmides egípcias, em lugares sagrados na Etiópia, Roma, Estados Unidos…
Na Escola Olodum, jovens de colégios públicas têm aulas de percussão, dança afro, coral afro, juventude e liderança, produção cultural, canto, inclusão digital e empreendedorismo. É um espaço multidisciplinar, pioneiro projeto brasileiro em pluralidade cultural.
Já no Centro Digital de Documentação e Memória do Olodum, local construído e doado pela Lybert Seguros, Pepsi, Bradesco e Governo do Estado, como legado da Copa do Mundo 2014 aqui no Brasil, é o guardião de toda a história da entidade.
A sede da entidade, a Casa do Olodum, além de lojinha com itens artesanais e produtos oficiais da marca, onde acolhe milhares de turistas que visitam o Pelourinho, abriga também reuniões de movimentos sociais e culturais.
Apesar de tanta visibilidade, não só o Olodum, mas toda produção cultural negra da Bahia necessita de mais investimentos e políticas públicas, queixa-se, João Jorge: “É preciso assegurar medidas que coloquem a cultura baiana na linha de frente da economia. Nosso Poder Legislativo precisa pautar a produção cultural, sobretudo aquela ligada à questão racial, nossas datas históricas, nossos heróis negros”.