Em Salvador, as polêmicas demolições de imóveis tombados pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que vêm sendo promovidas pela Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom), na Ladeira da Montanha, após as fortes chuvas que caem na capital, tem dado o que falar.

Foto: Patrick Silva

Foto: Patrick Silva

Segundo a administração municipal, a ação foi empreendida após “avaliação criteriosa” de engenheiros da Defesa Civil, que identificaram o “iminente risco de desabamento” das estruturas. “Após as avaliações, laudos técnicos foram enviados ao Iphan, que autorizou as demolições por se tratarem de muros, casas e fachadas de antigas edificações arruinadas”.

O próprio Iphan apontou que foram demolidos “remanescentes de fachadas que não possuíam mais valores individuais ou de conjunto que justificassem sua preservação”.

“Vale ressaltar que todos os imóveis já haviam sido condenados pela Codesal há anos. Após os incidentes que ocorreram na região, e as fortes chuvas, os danos estruturais se tornaram ainda maiores, sendo necessária à imediata demolição para evitar acidentes e garantir a segurança da população”, aponta esclarecimento da Sucom.

O órgão da prefeitura diz ainda que a demolição “é sempre a última ação a ser feita, porque, além de dispendiosas aos cofres municipais, elas só são realizadas quando os imóveis e as estruturas correm risco de desabar”.

“Além disso, há uma fiscalização rigorosa do Iphan no Conjunto Arquitetônico Paisagístico e Urbanístico do Centro Histórico de Salvador. Dessa forma, todas as intervenções realizadas em imóveis inseridos na área de proteção dependem de análise prévia da Autarquia de modo a proteger o Patrimônio Histórico Nacional”, continua a explicação.