A presidenta Dilma Rousseff voltou a fazer um apelo para que toda a sociedade se engaje no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika, que pode causar microcefalia em bebês. “Vamos provar que esse país tem suficiente consciência e determinação para acabar com esse mosquito antes que ele comprometa nossas crianças e nossas grávidas”, disse.
Dilma afirmou que o governo busca “incansavelmente” o desenvolvimento de uma vacina, inclusive em parceria com os Estados Unidos. Segundo ela, o Instituto Butantan, em São Paulo, também está firmando uma parceria com o laboratório francês Sanofi. “Vamos buscar de todos os jeitos desenvolver essa vacina.”
A presidenta reiterou que, enquanto não houver uma vacina, é preciso eliminar os locais com água parada, pois são criadouros do inseto. “Podemos juntos, governo federal, governos estaduais, municípios, as igrejas, os sindicatos, a sociedade derrotar o mosquito se nós tivermos o cuidado de olhar dentro das nossas casas, porque dois terços das águas paradas que são criadouros de mosquito estão dentro das nossas residências. Temos de provar que esse país com mais de 200 milhões de habitantes é mais forte que o mosquito.”
Situação de emergência
Dilma destacou que a questão é tão séria que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou na segunda-feira (1º) situação de emergência em saúde pública de interesse internacional. O motivo foi o aumento de casos de infecção pelo vírus Zika identificados em diversos países e de uma possível relação da doença com quadros registrados de malformação congênita e síndromes neurológicas.
Pronunciamento
A presidenta fará hoje à noite um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão para pedir a ajuda da população no combate ao mosquito Aedes aegypti. O intuito é fazer um chamamento para a única forma atual de evitar a disseminar doenças, que é a eliminação dos focos do inseto.