Esta é uma semana de aprendizado para Ana Karoline Batista, 17 anos, e Letícia Fernandes, 16, alunas do Centro Territorial de Educação Profissional da Bacia do Rio Corrente (Cetep), localizado em Santa Maria da Vitória, a 867 quilômetros de Salvador, no extremo oeste baiano. Com o projeto ‘RapCalc – Calcula pra mim’, que facilita a aplicação de soro em pacientes, as jovens participam da 14ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace).

Estudantes da rede estadual apresentam projetos na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia em São Paulo. | Foto: Rogerio Lima

Estudantes da rede estadual apresentam projetos na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia em São Paulo. | Foto: Rogerio Lima

Iniciado nesta terça-feira (15), o evento continua até quinta (17), na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Dos 20 projetos selecionados na Bahia, 14 são de alunos de escolas estaduais. A Febrace é a maior feira brasileira pré-universitária de Ciências e Engenharia do País e objetiva estimular o comprometimento do jovem em relação ao estudo científico. Neste ano, são apresentados 341 projetos de 752 estudantes dos ensinos fundamental, médio e técnico de unidades públicas e privadas de várias regiões do Brasil.

‘RapCalc – Calcula pra mim’

Ana Karoline Batista, aluna do 3° ano técnico em Enfermagem no Cetep, explica que o objetivo do projeto ‘RapCalc – Calcula pra mim’ é melhorar o cotidiano dos profissionais de Enfermagem no exercício da atividade. “Através do aparelho RapCalc, que faz o cálculo de gotejamento na administração de medicamentos, esses profissionais podem prevenir possíveis erros e ganhar tempo na execução do processo”. Ela diz que o aparelho é conectado no equipo do soro por onde passam as gotas recebidas pelo paciente.

A colega Letícia Fernandes cita a importância da presença no evento. “É uma experiência muito boa para a gente porque, a partir daqui, podemos aprimorar mais os nossos conhecimentos e conhecer projetos apresentados por estudantes de diferentes regiões do País”, diz. Segundo o professor de Informática e orientador do projeto, Thiago Santos Souza, “a iniciativa é enriquecedora para a formação dos estudantes, pois o projeto alinha a tecnologia da informação com a saúde, visto que eles aprendem sobre ferramentas digitais utilizadas nesta área, com o propósito de facilitar a execução do procedimento”.

Troca de conhecimentos

O coordenador da Feira de Ciências e Matemática da Bahia (Feciba), Rogério Lima, que acompanha os alunos em São Paulo, a Febrace congrega alunos de diversos estados possibilitando grande troca de conhecimentos e intercâmbio cultural. “A participação dos nossos estudantes é muito importante porque eles tomam conhecimento dessa diversidade cultural sem deixar de levar em consideração o aspecto científico trabalhado, ao longo do ano, nas escolas”. Os projetos da rede estadual selecionados para a Febrace estão disponíveis no site Educação.