Em meio a quarentena e com tantas tensões, a Embaixada da França no Brasil e Essilor Varilux se unem e nos presenteiam com o Festival Varilux de Cinema Francês em Casa, uma realização da BonFilm, disponível no Lookewww.looke.com.br e NET/NOW) até o dia 27/08. São 50 filmes franceses selecionados dentre aqueles das últimas edições do Festival Varilux. Os filmes trazem a boa qualidade do cinema francês, com astros que o marcaram ou ainda marcam como Gerard Depardieu, a sempre bela Catherine Deneuve, além das talentosíssimas Isabelle Huppert e Marion Cotillard, esta última, uma excepcional representante de uma nova geração de atrizes francesas. 

O Festival Varilux em casa, tem filmes de todos os estilos e para todas as idades, desde suspense, passando por dramas e comédias, filmes infantis com ou sem animação até documentários.

No sábado, assisti «Um Amor Impossivel », filme francês, parte do Festival Varilux e pode ser encontrado no Looke. O filme tem uma característica particular, é feito por mulheres: protagonista e narradora do sexo feminino, roteiro e direção da sensível Catherine Corsini, baseado no romance de Cristine Angot, e certamente falará alto dentro de cada mulher que o veja. 
Contando uma estória de uma relação amorosa que passa por décadas, poderia ser um filme banal, mas não o é: primeiro nos traz a interpretação primorosa da atriz belga Virginie Efira, e do francês Niels Scheineder, que a despeito de dez anos de diferença de idade na vida real, no filme se estabelece entre eles uma química e cumplicidade cênica que delineia esse amor destinado a não ter um clássico final feliz através de subversivos olhares e eloquentes silêncios, ainda que os diálogos do filme sejam primorosos. 
« A estória de « Um amor impossível » é contada por Chantal ( vivida na fase adulta pela atriz revelação Jennhy Beth) fruto dessa relação e que será o elemento da catarse para revelar a natureza cruel do amor de Philippe e a necessidade cega de amá-lo de Rachel! São dois mundos que se encontram, se tocam, sobrevivem na resiliência dela e nas regras sociais cristalizadas nele, mas que jamais poderão realmente co-existir! A carência dela se ancora na incapacidade real de amar dele de uma forma submissa e perversa! 
Mas será Chantal, que através da sua dor não vista, desnudará para sua mãe toda cruel simbologia desse amor, com diálogos finais cortantes que nos ferirá a alma e nos torturará a mente por muito tempo ! 

By Ana Marice Ladeia @anamariceladeia