Confesso que estava com um post quase pronto para publicar aqui sobre o Carnaval do baiano, mas fui surpreendido com essa pérola, que inclusive não deixa de ser relacionada com o Carnaval, mas achei diferente e não podia deixar de compartilhar com vocês. Imaginem o improvável resultado da seguinte equação:

(Carla Perez + 90’s Axé Music) x (Lázaro Ramos estudante ÷ elenco de qualidade duvidosa) = ???

Só podia ser o filme “CINDERELA BAIANA” de 1998! Que já se tornou um clássico do cinema trash nacional, com uma épica trilha sonora que vai de Luiz Caldas a Bragadá e suas terríveis falhas de roteiro, cenografia, elenco, continuísmo… enfim, é difícil não achar algo ruim nesse filme que  não possa parecer muito pior depois de 5 segundos de reflexão.

Cinderela_Baiana_2

 

Já começa com Carla Perez como protagonista, no auge da carreira na época, e mostra uma história sem pé nem cabeça cuja intenção era ser aquele clichê de Sessão da Tarde, “a menina pobre do interior que vem pra capital e faz sucesso”, mas a falta de talento de todo elenco (salvo Lázaro Ramos, que ainda era estudante de artes cênicas, e só fez essa porcaria pra pagar o curso), juntamente com um roteiro digno de trabalho de Ensino Médio, mostram que a palavra “atuação” pode ter vários significados, sem contar que os personagens em dado momento estão em Alagados, segundos depois no Pelourinho, logo em seguida estão curtindo uma brisa no Dique do Tororó! Fantástico, inventaram o teletransporte! De quebra ainda temos Alexandre Pires de mocinho, protagonizando a pior cena de luta do cinema nacional (quiçá mundial). Resumindo, é tão ruim, tão ruim, que chega a ser cômico. Confiram abaixo o filme completo e boa diversão! Se possível…

 

* Imagens: Capa do filme, distribuído pela PlayArte.
* Vídeo: Youtube (não amplie para fullscreen, sabe-se lá porque trava)