No Carnaval de Salvador, maior festa de rua do planeta, os foliões que forem vítimas de racismo e intolerância religiosa podem buscar atendimento jurídico, psicológico e social no Centro Nelson Mandela, unidade da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado (Sepromi), que está atendendo em regime de plantão. O equipamento funciona até a próxima terça-feira, 17 de fevereiro, excepcionalmente, no Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN), na Ladeira do Passo, Pelourinho, das 14h às 22h. A denúncia também pode ser registrada pelos telefones 162 ou (71) 3117-7438.

Circuito Batatinha (Castro Alves e Pelourinho ),sexta-feira. | Foto: Elói Corrêa/GOVBA

Circuito Batatinha (Castro Alves e Pelourinho ),sexta-feira. | Foto: Elói Corrêa/GOVBA

Desde a criação da unidade, em 2013, já foram protocolados cerca de 100 casos relacionados, sendo os mais frequentes em shoppings e locais de trabalho. As demandas são acompanhadas pela Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, que reúne órgãos como Ministério Público, Tribunal de Justiça e Defensoria Pública.

Em paralelo, a Sepromi realiza a campanha “Cultura Negra Viva”, que foca a valorização do carnaval negro e o enfrentamento ao racismo durante a festa da diversidade. Para isso, promotores identificados com o tema estão distribuindo material de divulgação em pontos estratégicos da capital baiana, como aeroporto, rodoviária, circuitos de bairros e concentração de blocos afro.  Artistas que apoiam a causa também participam da iniciativa, com mensagens e fotos nas redes sociais da pasta.