Ex-governador baiano e o principal ‘cabo eleitoral’ de Dilma nas últimas eleições no estado assume o Ministério da Defesa e promete “fortalecer ainda mais a instituição” com equipamentos modernos e atuação integrada. Ele substitui Celso Amorim na pasta…
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, em seu primeiro discurso após a transmissão de cargo, reforça o compromisso do País em contar com as “Forças Armadas cada vez mais capacitadas, modernas e integradas”. Para tanto, Wagner assegura que se valerá de seu prestígio junto à presidenta Dilma Rousseff.
“Sou ministro da Defesa de um projeto político vitorioso pela prosperidade que imprimiu à nossa gente, à autonomia do povo brasileiro e também no avanço por meio desta pasta da profissionalização e desenvolvimento das Forças Armadas”, afirma.
Jaques Wagner explica ainda que a pasta da Defesa foi sua primeira opção quando iniciou as conversas com a presidenta Dilma sobre a composição do novo ministério. “Quero inicialmente agradecer à presidenta da República, Dilma Rousseff, pelo honroso convite que me fez. É com grande entusiasmo que, após oito anos tendo o privilégio de servir ao povo baiano, retorno ao Governo Federal. Assumo minhas novas funções com elevado sentido de responsabilidade”.
Segundo o novo ministro, “a liderança civil das Forças Armadas é um axioma no Brasil, ao qual corresponde o respeito ao profissionalismo da carreira militar”. E continuou: “Aprendi desde cedo, no Colégio Militar do Rio de Janeiro, a admirar os valores desse ofício, que é um dos mais nobres do Estado brasileiro”.
No cargo de Ministro da Defesa, segundo destaca Wagner, trabalhará “permanentemente para assegurar adequadas condições de vida e trabalho para nossos marinheiros, soldados e aviadores”.
Jaques Wagner destaca também a importância dos grandes projetos que estão sendo desenvolvidos no âmbito das Forças Armadas. “O mundo passou a olhar para o Brasil como um País cujas experiências podem servir de inspiração. Somos uma democracia multirracial, multicultural, multiétnica e multirreligiosa, que quer crescer e viver em paz com todo o mundo”, diz.
O ministro lembra também os avanços tecnológicos em curso no âmbito das Forças Armadas, mas assegura que “na formulação precisa da Política Nacional de Defesa, é imprudente imaginar que um país com o potencial do Brasil não enfrente antagonismos ao perseguir seus legítimos interesses”.
“Tampouco é recomendável desconsiderar-se as previsões de aumento, nas próximas décadas, da demanda global por água, alimentos e energia, três recursos que o Brasil detém em abundância. Temos que zelar por inestimáveis reservas naturais, por infraestruturas críticas e, sobretudo, pelo patrimônio de uma população trabalhadora e inventiva”, afirma.
Jaques Wagner diz ter plena consciência da prioridade conferida pela Estratégia Nacional de Defesa às áreas nuclear, cibernética e espacial. “Esses projetos são essenciais para que nossas Forças Armadas estejam à altura dos desafios estratégicos do Brasil no século XXI, e serão levados adiante. Colocarei todo o meu peso político nesta tarefa”, garante.
O novo ministro
Jaques Wagner nasceu em 16 de março de 1951 no Rio de Janeiro. Vive em Salvador desde 1974, onde iniciou sua carreira profissional na indústria petroleira. Foi governador da Bahia por dois mandatos consecutivos (2006-2014) e deputado federal pelo estado em três legislaturas (1990-2002).
Durante o governo do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, foi Ministro do Trabalho e Emprego, da Secretaria das Relações Institucionais e da Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República.
É casado com Maria de Fátima Carneiro de Mendonça e pai de Mariana, Mônica e Mateus – além o enteado Eduardo.