Mais de 500 investidores globais se reuniram na ONU, na quarta-feira, 26 de janeiro, com o objetivo de mobilizar uma ação mundial de transição para uma economia de energia limpa.
O grupo controla contas de investimentos no setor que bateram recorde em 2015, chegando a US$ 329 bilhões, o equivalente a R$ 1,3 bilhão.
Os investidores estão explorando os tipos de “fluxo de capital” necessários e disponíveis para concretizar as promessas de redução de carbono feitas em Paris por 187 países em dezembro.
Segundo a Agência Internacional de Energia, para alcançar esse objetivo os investimentos terão de chegar a US$ 16,5 trilhões até 2030. Só no setor de geração de energia elétrica, as oportunidades de investimento podem chegar a US$ 12 trilhões pelos próximos 25 anos.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu aos investidores que ajudem a dobrar os investimentos em energia limpa até 2020.
Apesar do resultado, Ban disse que ‘lacunas significativas” permanecem para elevar a produção de energia verde ao nível necessário para atingir os objetivos do Acordo de Paris. A meta é limitar o aumento da temperatura global em menos de 2º Celsius.
Aquecimento Global
Os líderes financeiros reunidos na ONU representam mais de 22 trilhões de dólares em bens.
O chefe da ONU disse que “a energia limpa e sustentável está crescendo, mas não na velocidade suficiente para evitar o aquecimento global excessivo que vai gerar problemas econômicos profundos e sofrimento humano”.
Segundo Ban, a “comunidade de investidores é de importância crucial se o mundo quiser transformar aspirações em ação”.
O encontro de um dia foi organizado pela Fundação das Nações Unidas, pelo Escritório de Parcerias da ONU e ainda pela organização sem fins lucrativos Ceres.
Zero
A meta é “catalisar o foco de uma mudança na economia global para o uso de energia limpa e com menos carbono”.
Mas isso deve ser feito rapidamente para que o mundo possa atingir as promessas do acordo sobre mudança climática firmado em Paris. O objetivo é reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa a zero para evitar um perigoso aquecimento do planeta.
A presidente da Ceres, Mindy Lubber, disse que “os investidores estão mais bem posicionados agora para lidar com os riscos climáticos e aproveitar as oportunidades econômicas criadas pela energia limpa”.
Ela pediu a todos os investidores que “definam compromissos ambiciosos de investimentos em energia limpa e que estabeleçam objetivos claros para reduzir a exposição aos riscos de carbono em seus portfólios”.