Se mais pessoas utilizassem sua caneca para beber água no trabalho, o meio ambiente poderia passar séculos sem degradação! Isso, se considerado o fato de copos descartáveis levarem em média 100 anos para se decompor na natureza. Na Bahia, essa demanda sustentável pode ganhar um aliado. Projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa da Bahia proíbe o uso de copos descartáveis em órgãos e repartições públicas, da administração direta e indireta, do Estado.

Foto: Lidi Faria

Foto: Lidi Faria

“A não utilização dos copos plásticos descartáveis e sua substituição pelos copos ecologicamente corretos têm inúmeras vantagens, pois haverá redução de custos para administração pública, prevenção de doenças e possibilitará a não poluição ao meio ambiente. Com isso, contribuirá para implantarmos uma nova cultura e um novo comportamento sustentável”, defende o deputado estadual Marcell Morais (PV), autor da matéria.

Transpondo as barreiras ideológico-partidárias ou até comportamental dos políticos, a proposta pode contribuir com a preservação ambiental em solo baiano. O projeto justifica que o caráter da matéria é para “reduzir a quantidade do material plástico consumido”. Como alternativa, é indicado o uso de copos de vidro ou do “eco copo”, que levam apenas 18 meses para se decompor.

Segundo o parlamentar, o uso excessivo dos descartáveis “é agressivo ao ecossistema”. Marcell Morais pede ainda a reutilização e reciclagem dos materiais utilitários. De acordo com ele, o plástico é prejudicial desde a extração de sua matéria-prima até o descarte: “Passam por processos que geram emissão de gases de efeito estufa (CO2 e metano) e danificam o solo”.

A proposição estabelece ainda a realização de campanhas de reutilização que incentive o servidor “a adotar novos comportamentos, como o uso de sua própria caneca ou garrafa, reduzindo o uso dos descartáveis plásticos”. “É extremamente necessária por três aspectos: saúde, meio ambiente e economia”, diz.