O vídeo é chocante, angustiante. Essa, na foto, foi a cara de dó do meu cachorrinho, Nino, ao ouvir os gemidos do cachorro morto a pauladas por mãe e filha, na Paraíba. O vídeo, filmado por um vizinho e postado no Youtube, é de repugnar. Precisei tirar o áudio. Nino ficou inquieto, espreitando-me e encarando-me enquanto eu assistia.
Se Nino, que apenas ouviu o lamento daquele indefeso cachorro, teve essa reação, imaginem a dor que o inocente animal não sentiu antes de morrer?
As autoras da brutalidade, da desumanidade, do ato terrível – Filomena Idalina da Conceição, de 80 anos, e a filha, Maria de Fárima Carbeti, 37 anos -, foram presas, mas, infelizmente, pelos afrouxos do nosso código penal, já estão em liberdade.
O crime de agressão e morte de animais, aqui no Brasil, é considerado “de menor potencial ofensivo”, e a pena máxima é de apenas dois anos. Elas foram ouvidas pelo delegado da cidade de Guarabira, onde ocorreu o delito, e liberadas em seguida.
A certeza da impunidade, infelizmente, não deixa diminuir casos como este. Tal crime deveria ser considerado hediondo e essas duas, independentemente de terem um criatório com 14 outros cachorros e dado a desculpa esfarrapada de que este, espancado e morto, dava muito trabalho “atacando vizinhos”, deveria amargar muitos anos na cadeia.
Não recomendamos mostrar o vídeo abaixo à crianças (tirem seus cachorros de perto também!)…
Doar o cachorro, procurar o poder público, organizações de cuidado a animais, etc, etc, etc… Muitas opções seriam enormemente melhores que tirar a vida do cão, de maneira tal cruel.
Um parêntese… Por que esse vizinho, que filmou a sessão de espancamento, não interviu, minha gente?!?! Vale mais um vídeo do que o socorro à vítima? Filmava um pouco e corria pra impedir. Assim teria a prova do crime e evitaria a morte do animal… Mas, enfim… são só um monte de ‘poréns’!
Agora, com a devida licença dos caros leitores, vou precisar dar um pouco de carinho e atenção a Nino, meu pet, que se insolou num canto do apartamento, talvez, vai lá saber, ainda impressionado com os gemidos angustiantes do parente de espécie.