‘Na dor também existe oportunidades’… um ensaio sobre o desapego…

A prática do desapego é uma tarefa meio complicada, requer muita força e sabedoria. Para iniciar é preciso ter consciência de que, se não somos donos, proprietários do nosso próprio corpo, também não somos de uma coisa ou um ser. É claro que isso não tira sua capacidade e responsabilidade de cuidar da sua vida, o livre arbítrio existe e cada um o toma da maneira que achar conveniente. É por causa dele que cada um encontra a melhor maneira de utiliza-lo, em cada mundo interior. O livre arbítrio é a própria felicidade.

Foto: David Campbell

Foto: David Campbell

Mas para entender como funciona o estado da felicidade é preciso encontrar o equilíbrio entre a paz e a dor. Entenda: sua felicidade não está no outro, e sim em você mesmo. Eu sei, é difícil de compreender, pois quando “perdemos” alguém para a vida ou para a morte, a dor é insuportável, corrói, destrói; parece que vai te matar, mas não mata. Já parou para analisar que já passamos por situações dolorosas milhares de vezes e estamos aqui?

Isso serve pra mim também, sofro do mesmo jeito. Escrever sobre isso está sendo uma prática muito importante.

Viver é isso. Só precisamos aprender a passar por tudo e sofrer menos. Às vezes a gente potencializa tanto as coisas que na realidade sofremos além do que deveríamos e necessitamos. Tudo por conta do apego exacerbado que temos com tudo, por medo de sentir-se “alone”. Quando algo ameaça escapar das nossas mãos ou vai embora o desespero entra em cena. É o protagonismo do desespero desesperado.

Todos nós sabemos tudo aquilo que eu acabei de falar, mas não pratica. Quando a dificuldade vem, deixamos o medo tomar conta. Eí! Se fortaleça! Pratique o desapego! Ele traz autoconfiança, força interior e vai te trazer um lindo presente: uma poderosa lente que vai te fazer não só ver, mas enxergar um mundo de possibilidades que a vida nos dá todos os dias, e te mostrar que na dor também existe oportunidades.

Saravá!