O cochilo só lhe era interrompido quando alguém passava em direção ao mar. Ademais, a soneca durava horas gozosas. Sol, uma vista de higienizar qualquer mente atarentada pelo estresse do mundo ultramoderno, e as águas mansas de Boipeba era um convite a tal maresia.
– Olha só, um cachorrinho ‘salva-vidas’. Qual o nome dele? – perguntam curiosos turistas.
– Quem vai lá saber! – responde sorridente o salva-vidas, sobre seu ‘parceiro’ de serviço.
– Ele é de quem?
– De Boipeba, daqui da praia, vive aqui!
Os curiosos partem e o ‘cãova-vidas’ continua sua soneca, a despeito do falatório de quem transita. Só desperta quando alguém parte pro mar. Levanta a cabeça, olha, abana o rabo e volta a dormir.