O todo respeitado samba nosso de cada dia, integrado ao caldeirão de ritmos e sensações que é o Carnaval de Salvador, com seus circuitos tradicionais e alternativos e atrações para todos os gostos, ganhou este ano um espaço todo especial: a Arena do Samba. Os amantes do ritmo inventado na Bahia, a exemplo da Axé Music, já podem se preparar para curtir a folia com o gingado na ponta do pé. Os shows vão até terça-feira de carnaval, 17 de fevereiro, com mais de 25 atrações, começando sempre às 20h, em palco montado na Praça da Cruz Caída, Centro Histórico da cidade.
Já desfilaram nos circuitos da folia, desde a abertura oficial do Carnaval, com a entrega das chaves da cidade ao Rei Momo, cerca de 100 mil pessoas passaram por esses blocos, segundo a administração municipal, atrás de blocos de samba, como o Alerta Geral, cujas atrações foram o sambista Xande de Pilares e as Bandas Fundo de Quintal e Katulê. Logo em seguida, veio o grupo É o Tchan, além da Banda Pagode Total puxando o bloco de mesmo nome.
Também já sacudiram a avenida o trio Amor e Paixão, com Batifun, o grupo Movimento, além de Nelson Rufino, um dos grandes nomes deste gênero musical da Bahia. Passaram ainda pelo circuito do Campo Grande os blocos Samba e Folia e Vem Sambar, puxado pelo sambista Dudu Nobre.
História
O samba sempre teve seu espaço nos carnavais da Bahia. A sua importância é tamanha que, em 2008, o ritmo foi o principal homenageado durante a folia. Além dele, o sambista Riachão, outro dos principais expoentes do gênero musical no estado, também recebeu homenagens à época. Já nas décadas de 1960 e 1970, o Centro da cidade era uma espécie de sambódromo local. Por lá, agremiações como Juventude do Garcia e Filhos do Tororó disputavam a atenção dos foliões com sua bateria, seus sambas-enredo e fantasias. A partir dessas escolas é que nasceram grandes compositores baianos como o próprio Nelson Rufino, além de Edil Pacheco.