“O sertão vai virar mar, dá no coração. O medo que algum dia o mar também vire sertão. Vai virar mar, dá no coração. O medo que algum dia o mar também vire sertão…”
Quem nunca ouviu o grande sucesso “Sobradinho” da dupla Sá e Guarabyra? Música muito tocada no final da década de 70, mas um sucesso atemporal que se encaixa muito bem nos dias de hoje.
A visão de futuro cantada no hit é de arrepiar, ainda mais quando você ver com os próprios olhos a situação do Rio do São Francisco.
Após diversas peripécias, enfim chegamos a Remanso, e o cenário é assustador. Onde antes se via água por todo lado, agora só se ver “mato” e muita areia.
Em frente ao Restaurante Velho Chico, a paisagem chega a ser entristecedora, a ventania levanta a poeira e dá para avistar alguns veículos partindo em direção à Remanso Antiga, localidade onde a Balsa atraca.
Segundo alguns moradores, num passado não tão distante (há 3 anos), na Prainha de Amaralina, pescava-se Tucunaré – em Tupi “tucun” (árvore) e “aré” (amigo), ou seja, “amigo da árvore”, Cichla spp., é uma espécie de peixe presente nos rios da América do Sul, em especial do Brasil. Os tucunarés são sedentários e vivem em lagos, lagoas, rios e estuários, preferindo zonas de águas lentas ou paradas.
A “famosa” Prainha também era um dos locais de diversão dos remansenses nos finais de semana. Tomar banho no Velho Chico era um hábito quase irrecusável, já que o Sol aqui castiga bastante o juízo.Mas vamos seguir viagem e, apesar da tristeza com a ausência da beleza natural, a ansiedade por desbravar e conhecer mais uma cidade de nosso querido interior é tamanha…