No Carnaval, homens e mulheres costumam praticar sexo sem proteção. Isso predispõe as pessoas a doenças sexualmente transmissíveis, como Aids e sífilis, bem como à gravidez indesejada. Consequentemente, sem um acompanhamento, a criança fica exposta à doença e, se a mãe não fizer um acompanhamento adequado durante o pré-natal, as chances de expor o feto é muito maior.

Carnaval... | Foto: GovBA

Carnaval… | Foto: GovBA

De acordo com dados do balanço feito no ano passado pelo Serviço de Atendimento Especializado DST-AIDS de Feira de Santana, existem 161 casos de crianças expostas no município – 34 casos são novos e 127 antigos. E, ao todo, existem 41 crianças de Feira de Santana e região que são portadoras da doença e estão sob acompanhamento na unidade.

A Médica Suanne Galeão, pediatra do Hospital Estadual da Criança (HEC) / IMIP Gestão e pediatra referência do SAE DST-AIDS, explica que há cinco métodos profiláticos que reduzem consideravelmente as chances da mãe passar o vírus da Aids para o filho.

“Uma das profilaxias é a terapia antiretroviral na gestação, ou seja, a mãe usar medicamentos ao longo da gravidez. Outras profilaxias são: disponibilizar para a mãe o AZT injetável imediatamente no pré-parto, realizar parto cesáreo, evitar que a mãe amamente o bebê, e iniciar imediatamente após o nascimento o uso de AZT xarope no recém-nascido”, explica a pediatra.

“No SAE DST-AIDS existem crianças expostas à Aids durante a gestação, crianças portadoras do vírus, mas que não tem a Aids; crianças portadoras da doença que tomam medicação, e crianças com sífilis congênita. Os homens e mulheres precisam entender, portanto, a importância do uso da camisinha para evitar, assim, que o número de casos de crianças portadoras de doenças como a Aids aumente. O sexo desprotegido gera inúmeras conseqüências para quem pratica e para a vida que pode ser gerada por causa do ato”, finaliza.