Salvador através de fotografias como você nunca viu. Vai acontecer no próximo sábado, dia (19), às 15h, a roda de conversa OLHARES, data que marca o Dia Mundial da Fotografia. O colóquio acontecerá na Biblioteca de Arte José Pedreira, no Museu de Arte da Bahia. A ideia principal é abordar sobre a cultura, além de enfatizar a beleza e mostrar as diversidades do estado Bahia sob os ‘olhares’ de diferentes fotógrafos: Akva Sousa, Andrezza Miranda, Cristal Custódio, Dêivide Monteiro, Diego Sei, Jefferson Carvalho e Joana Rodrigues.

A ação leva o mesmo nome da próxima exposição virtual na plataforma Google Arts & Culture do MAB, disponível para visitação, de forma gratuita, que acontece ainda neste mês de comemoração, no dia (29). Os 6 fotógrafos que possuem vivencias e perspectivas diferentes, correlacionam seu modo de vida com o prazer de desenvolver arte de registrar momentos, pensamentos, lugares, objetos.

Andrezza, uma das convidadas do projeto realizado pela bibliotecária Lúcia Valois, define sua motivação pela arte de retratar momentos, pensamentos através de cliques das suas câmeras como uma porta de entrada para a comunicação direta com o mundo.

“É a maneira que eu mais consigo me comunicar com o mundo. Pelas lentes eu consigo dizer muitas coisas que eu não conseguiria dizer com palavras. Me sinto realizada quando eu fotografo, me sinto em paz”, afirma Andrezza.

Sobre os Fotógrafos

Andrezza Miranda

Andrezza Miranda é fotógrafa e está cursando Jornalismo. Seu começo na arte foi, profissionalmente em 2018, com retratos artísticos e estética conceitual. Mas ainda quando criança ganhou uma câmera analógica de presente da sua avó e amava tirar fotos com ela.

Depois de uns anos começou a sonhar em ser fotógrafa, recebeu muita ajuda de pessoas próximas e começou a jornada quando estava cursando Arquitetura e Urbanismo. Em 2020 apresentou o projeto Olhos Que Tocam no edital Aldir Blanc – Prêmio Zezito Pena, em São Sebastião do Passé, cidade em que cresceu.

Akva Sousa

Olá, sou Akva Sousa, um apaixonado fotógrafo e aspirante a cineasta. Minha jornada de estudo me leva a viajar para conhecer novas pessoas e lugares, onde meu foco como retratista é expor a beleza e a rica cultura do povo trabalhador marginalizado e periférico. Cada viagem é uma oportunidade emocionante de aprender, conectar-me com diversas realidades e capturar as histórias autênticas dessas comunidades muitas vezes negligenciadas.
Através da arte da fotografia e do cinema, busco contar suas histórias de resiliência e superação, trazendo à luz a essência e a dignidade dessas pessoas. Minha missão é usar minha arte para despertar consciência, inspirar reflexão e promover mudanças positivas no mundo, valorizando a diversidade e riqueza cultural presentes nessas comunidades incríveis que tive a honra de retratar.

Diego Sei

Diego Sei é fotógrafo, serígrafo e artista visual. Sua trajetória artística iniciou com a pichação, linguagem que segue como uma das principais referências para o seu trabalho, que tem como característica um olhar voltado ao universo popular. Traz como áreas de interesse a fotografia de rua, a contracultura, as manifestações populares e uma abordagem sensível as causas ambientais. Em 2021, foi premiado na 8ª edição do Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger, selecionado no XVI Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia e premiado no I Prêmio de Fotografia Palmares – Amplitude e Dignidade.

Dêivide Monteiro

Dêivide Monteiro Dos Santos. Pessoa com deficiência visual, fotógrafo, audiodescritor consultor, jornalista e radialista. Fiquei deficiente visual através de uma patologia chamada retinose pigmentar descoberta aos 14 anos de idade. Além da comunicação, tenho a fotografia e a audiodescrição como uma das minhas paixões.
A audiodescrição entrou na minha vida justamente por causa da fotografia, pois o pouco que enxergo não me dá condição de saber como ficou a minha arte. A tecnologia assistiva, através das palavras, me faz enxergar o meu trabalho e também proporcionar às pessoas com deficiência visual terem o mesmo prazer das pessoas que enxergam.

Jefferson Araújo

Jefferson Araújo de Carvalho, tem 25 anos, nascido e criado no bairro do Arenoso. Começou na fotografia em 2017 quando estava saindo do ensino médio, o que consequentemente o levou para faculdade de cinema e audiovisual no ano seguinte, em 2022 lançou a primeira exposição fotográfica, intitulada “A beleza da imperfeição” exposição feita através do edital Cultura na Palma da mão, da lei Aldir Blanc.

Joana Rodrigues

Joana Rodrigues, que se apresenta na fotografia como Yabás, cujo significado é Mãe Rainha tem como inspiração a força feminina das entidades de Candomblé. Cineasta, escritora, fotografa guiada pelo sentir. Sua trajetória artística se iniciou dentro das festas de Umbanda na casa de sua avó Joanita registrando os momentos culturais e religiosos. Iniciando sua carreira profissional, tem como principais referências a caminhada pelo cotidiano com a intenção de reafirmar a beleza muitas vezes não vista de lugares e pessoas pouco assistidas.
Em 2022 trabalhou como fotografo Still dentro da comunidade de Valéria para a marca “Colgate”, e ainda este ano com o fotografo Caribenho “Wayne Lawrence” como produtor local e fotografo still que teve como objetivo registrar pessoas reais dentro da cultura afro-brasileira e sua comunidade.