A diversidade de identidades de gênero e sexualidades dentro do espectro do LGBTQIA+ é o foco dos personagens e também da equipe técnica que produz o documentário Película Colorida, que estreia nesta quinta-feira (10), em Salvador. A produção propõe um novo olhar para quem está por detrás das câmeras.
“Em alguns lugares do Brasil, principalmente aqui no Nordeste, a figurinista e a stylist não são tratadas como pessoas que estudaram e sabem o que estão fazendo, somos tratadas como ‘a menina da roupa’! E aí é que entra a questão, eu não acho que tem só transfobia, é uma visão deturpada sobre o trabalho em si”, diz Joana Philipe, 25 anos, mulher trans, comunicóloga, stylist, figurinista e DJ na cena cultural e audiovisual de Salvador.
Igor Albergaria é homem gay, artista, videomaker, diretor cinematográfico, montador e editor audiovisual. Vércio Gonçalves é artista, cantor, militante, acadêmico e homem trans. Alisson Lima é homem gay, professor, produtor cultural e diretor de documentário. Mariane Valentim é mulher lésbica, designer e produtora de conteúdo audiovisual. Todos eles contam suas histórias e superações no documentário.
O documentário é composto por seis personagens, entre eles Brenda Matos, mulher bi, comunicóloga, fotógrafa, diretora de arte e social media, que também é diretora do Película Colorida.
A produção audiovisual promove um espaço de troca de conhecimentos, pluralidade de falas e representações, discutindo sobre diversidade de gêneros e sexualidades no campo da cultura, mais especificamente no mercado de produção audiovisual. O filme, que reúne depoimentos, registros, atuação e vivências dos profissionais, está disponível no YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCJ7Kw_z3eIFQyhWXEnlZ6FA.
Banco de talentos
Junto com o documentário será lançado o site www.peliculacolorida.com.br com currículos e perfis de pessoas que trabalham na área do audiovisual em Salvador. O banco de dados foi preenchido com profissionais LGBTQIA+, que se cadastraram para participar de produções audiovisuais.
O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura, Prêmio Cultura na Palma da Mão/PABB, via Lei Aldir Blanc, redirecionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.