“Minha relação com a música começou aos dez anos, quando tocava bateria na igreja em que frequento. Hoje tenho 25 anos e sigo me desenvolvendo na arte com o piano. Adoro música. Tenho uma profissão, atuo como técnico de sonorização, e as aulas me incentivam a querer sempre mais”, afirma Marcos Vinícius dos Santos, primeiro jovem a ingressar no projeto.
Transformação pela música
Alguns dos participantes iniciaram as aulas de piano por acaso, como Quezia Alves, 25. Mesmo sem saber tocar nenhum instrumento musical, ela topou o desafio de aprender algo relacionado à música. “Eu passava [pelo espaço] e sempre ficava observando os meninos tocarem e tirarem suas dúvidas. Passei a ter interesse em saber um pouco mais e resolvi participar. Está sendo muito legal. Isso expande o nosso conhecimento. [O projeto] contribuiu bastante para eu melhorar a minha concentração”, afirma Quezia.
O trabalho social que está sendo feito no bairro do Uruguai é árduo, leva tempo, mas o resultado pode ser transformador. “A gente está tentando mudar o pensamento de uma geração, garantir oportunidades e estimular a esperança. Isso tudo terá um impacto muito interessante na sociedade do futuro. Estamos fazendo um trabalho de prevenção da violência para reduzir a necessidade de ações de repressão”, ressalta a comandante da BCS do Uruguai, a tenente Carla Elis.
(Por Leonardo Martins)