CAPITULO VI | Agosto (2014) me proporcionou alegrias incomparáveis. A primeira foi meu aniversário, no dia 15 de agosto, onde completei 52 anos. Minhas noras Juli, Lary e Carla, juntamente à meus filhos e meu esposo, organizaram uma pequena e alegre comemoração familiar, foi emocionante demais da conta!
Com meus filhos e esposo |
Nunca fui muito ligada aos meus aniversários, mas esse foi diferente, foi profundamente importante, eu parecia criança de tão feliz. Ri o tempo todo, cantei meus parabéns, parti o delicioso bolo…
Eu e as gostosuras |
Foi emoção boa e compartilhada. Também recebi inúmeras mensagens dos meus amigos através do facebook.
Minha amiga Tânia estava presente me prestigiando com sua carismática presença. Ela é uma enviada de Deus, chegou a mim quando minhas esperanças agonizavam em minha fraqueza humana.
Deus ama e protege seus filhos mais que uma mãe e um pai poderiam amar os seus e o amor que vem do céu também se manifesta através das pessoas, como vem acontecendo ao meu redor. Além da minha família, são inúmeras as pessoas que oram e pedem a Deus minha cura total.
Com minhas noras e com Tânia |
Minhas outras alegrias de agosto narrarei a seguir:
No dia 25 de agosto (2014), às 11:40, meu filhos Carlos Eduardo levou-me ao Hospital Aristides Maltez para que eu pudesse tomar minha medicação, a oitava aplicação de quimioterapia em minhas veias.
Meu tratamento segue em ritmo satisfatório, minha fé e determinação me proporcionam uma fortaleza imensurável. Por vezes tenho medo, por vezes tenho coragem… Sou humana! Retiro força na fraqueza, eu sou a dor que sabe esperar e essa espera está ficando cada vez mais curta, estou, a cada dia, linda e revigorada, a vitória está se manifestando a cada resultado de exames.
Voltando para o oitavo ciclo de quimioterapia… Meu filho Carlos Eduardo ficou comigo durante toda aplicação da medicação que dura em torno de quatro a horas, quando termina já é noite.
Ressalto que, todos os meus filhos (Carlos Eduardo, Jonatan e Adson Alan) acompanharam-me em datas alternadas, me dando força e carinho, são guerreiros de Deus. Juliana e Carla também fizeram parte desse revezamento, Larissa não pôde por conta de suas obrigações em seu salão de beleza, o “Lari Studio de Beleza”, do qual não podia se ausentar, mas ela está presente em minha casa todas as noites de terça-feira para orarmos o Terço da Libertação pela minha cura. Essas noites de terça orante foi ideia da própria Larissa e todos nós acatamos com alegria.
Percebem? Só tenho motivos e razões boas para me determinar e nunca desanimar, não importa a dimensão da minha batalha, importante mesmo é o amor da família, é a certeza da vitória permitida por Deus.
Já comecei a tomar posse da vitória! No dia 28 de agosto, três dias após a medicação quimioterápica, meu filho Adson Alan levou-me ao hospital para uma consulta com os médicos oncologistas que me acompanham. Eu estava um tanto quanto fragilizada, fico assim na primeira semana de aplicação da quimioterapia, depois melhoro gradativamente.
O oncologista recebeu-me com afetividade, falei pra ele que eu estava um pouco “lelé” por conta da medicação, então ouvi: “Que nada, você está ótima!” Que alegria ouvir esse comentário dos especialistas que cuidam da minha saúde! E para transbordar minha felicidade eles me deram uma notícia maravilhosa: Falaram que estão satisfeitos com meu progresso, que estou me recuperando magnificamente e que o câncer está diminuindo milagrosamente.
Em consequência dessa resposta positiva, eles suspenderam a quimioterapia venosa, continuarei tomando a “manutenção”, que é uma quimio em comprimidos, tomo em minha própria casa. São oitenta e quatro comprimidos que tomo duas vezes ao dia (três pela manhã e três pela noite) durante quatorze dias. Descanso sete dias e volto a tomar novamente. Já tomei 672 comprimidos, mas não importa, tomarei quantos forem necessários para o meu melhor.
Sabe… Quando os médicos falaram que eu não tomaria mais a medicação que era tão fortemente agressiva, vi a felicidade estampada no semblante do meu filho Alan, e minha emoção foi tão intensa que silenciei, não encontrei palavras para expressar minha alegria e gratidão a Deus.
Todas as aplicações que recebi em minhas veias foram para o meu melhor, mas é dolorosamente forte, é necessário confiar plenamente na intervenção Divina e manter-se forte para sentir a medicação se misturando ao sangue, é acreditar que ela proporcionará a cura.
Voltamos felizes para casa, contei a boa nova para a família e para os amigos. Tenho certeza que Deus está me oferecendo um corpo, um coração, um espírito novos, renovados na sua misericórdia, Ele não desistiu de mim.
No dia 18 de setembro (2014) irei para uma consulta com o proctologista que me acompanha, vou saber o que ele determinará sobre a cirurgia e a remoção da bolsa de colostomia que continuo usando.
Estou ótima, mas ainda não posso retornar à minha função de professora porque, como explique em meu último relato (O agora), o uso da bolsa de colostomia carece de uma higiene meticulosa, sem falar no incômodo e desconforto enormes que sinto se me movimentando muito, pois meu intestino grosso desloca-se quase completamente pra fora do meu abdome. O médico explicou que não tem porque fazer uma cirurgia de reparo, pois a bolsa será removida. Sei esperar.
Voltei para minha graduação em Pedagogia Social, estou estudando em casa, os professores mandam todo material para meu e-mail, irei à faculdade somente para apresentações de seminários e para fazer as avaliações. Está sendo ótimo!
Tenho certeza que, em breve, estarei participando das aulas em presença e cumprindo toda a rotina acadêmica.
Concluirei este semestre com méritos, porque a pedagogia está em meu ser, não é simplesmente uma formação acadêmica, é amor pela educação de qualidade, é um querer, é um gostar.
Sou falha, mesmo assim Deus me ama e me permite perspectivas e possibilidades, esse é o lucro da fé.
“Há em mim uma necessidade superior, sou terra sofrida e milagrosamente adubada. Debaixo do céu há um tempo para cada coisa, um tempo para todos nós. Confio em Ti, meu Jesus.”
Em breve relatarei a totalidade da minha, da nossa vitória, aguardem.
Continua…