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Como é triste saber que seus fins de semana, até meados de janeiro, serão sem futebol brasileiro, só tem o europeu que é chato pra caramba! Não tem gente xingando juiz, arremessando havaiana no bandeira, torcedor maluco fantasiado com rádio na orelha, massagista entrando em campo para atrapalhar o gol adversário, nem Luverdense x Santa Cruz… enfim, aquele circo que estamos acostumados e não vivemos sem. É isso ou temos que nos conformar com Corrida de São Silvestre com aquela música irritante ao fundo.

Fim de ano é sempre assim, somos vítimas de uma programação terrível tanto na TV aberta quanto na fechada, ninguém merece assistir um especial de Roberto Carlos cantando com Anitta ou uma maratona daquela série que você adora, mas com 300 episódios repetidos. Há quem goste, quem não goste e quem não se importe se um ano acaba e começa outro… mas o brasileiro segue alguns clichês meio chatos mesmo que inconscientemente. Não quero deturpar o Natal, Ano Novo e seus respectivos significados, vou listar alguns desses clichês e vamos ver se rola uma identificação:

  • Pisca-pisca paraguaio – as lampadazinhas esquentam mais que fundo de panela, convém lembrar que geralmente a árvore é de plástico, podemos ignorar o risco de incêndio ou não;
  • Enfeites natalinos que remetem à neve – na Bahia é verão, ou “calor do cabrunco”, acho que esses enfeites não combinam com nossa realidade;
  • Panetone barato – todo mundo gosta de panetone/chocotone daquelas marcas mais famosas, de fato são as melhores, mas no meio sempre surge aquele que não vem nem na caixa, mas serve de um bom peso de porta;
  • Chester – que diabos é um chester? É uma galinha? Peru? Pterodátilo? Ninguém sabe, só sei que é caro pra cacete;
  • Shopping – e trem indiano, sinônimos no Natal;
  • Parentes – abre-se o chão, surgem de todos os lugares, você nunca os viu, mas sempre alguém conhece, somem depois e você nem percebe;
  • Papai Noel – há um tio que se prepara todo ano para ludibriar as crianças da família e dar presentes que elas não pediram nas cartinhas;
  • Presentes – esse merece uma categoria a parte:
    • De camelô – de origem tão duvidosa quanto o pisca-pisca tem grandes chances de não conseguir chegar ao ano novo;
    • Pegadinha – todo mundo tem aquele parente mais rico, você acha que vai ganhar um presente melhorzinho dele, mas ganha um par de meias, kit 3 cuecas, ou nada mesmo;
    • Roupas – Não existe outra pessoa no universo que saiba escolher uma roupa para você, que não seja você mesmo, sobra para o presenteado ir a loja trocar por algo do seu agrado, se for do shopping, boa sorte e volte vivo;
    • Amigo secreto 1 – sempre tem algum esperto que dá sabonete ou livro de auto-ajuda;
    • Amigo secreto 2 – você nunca tira alguém fácil de dar presente;
    • Amigo secreto 3 – quando alguém erra o presente ou recebe algo muito inferior ao que comprou, o constrangimento é notório;
    • Videogames –  ninguém te dará isso;
  • Restos de ontem – ninguém faz almoço no dia seguinte;
  • Sidra – tem sempre alguém que diz que é champanhe;
  • Se vestir de branco e com roupas íntimas de cores variadas – Deus é cromoterapeuta e eu não sabia;
  • Outras simpatias de Ano Novo – não funcionam, esqueça e vá trabalhar para conseguir o que quer.

 

Foto (Papai Noel dormindo): www.papodebar.com