A cidade é sacra, nos telhados, mas também profana, nas ruelas, becos e ladeiras. Ah… as ladeiras. Salvador, do negro amor e do branco nagô, do filho de santo e do sacristão da velha Piedade.
Os cheiros dessa cidade, que leva seus admiradores a flutuar, olhar das janelas, como retratos emoldurados de baianidade inexplicável, sonora e descolada toca o céu quase sempre azulado e o chão tracejado de multicor.
Dos arranhas céus aos telhados dos antigos casarões, dos quase 365 templos históricos ou das encostas temerosas do chuá-chuá. Não há como deixar de amar esta Soterópolis, ambígua, das desigualdades e das misturas.
SALVADOR, 465 anos de singularidades plurais.
O Bahia Na Lupa, nesta semana, presta uma série de homenagens à capital baiana, com fotos, crônicas, poesias, reportagens, vídeos… No sábado, 29 de março, Salvador completa mais um aniversário.